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Celebridades

Após 'Friends', Jennifer Aniston volta à TV para explorar cruel mundo das notícias

Nova série da Apple TV+ abordará casos do #MeToo

A atriz Jennifer Aniston - Valerie Macon/AFP
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Andrew Marszal
Los Angeles
AFP

Quando Jennifer Aniston, 50, acertou sua participação em uma série para o novo serviço de streaming da Apple, sobre o cruel mundo dos telejornais matutinos, a trama parecia bastante simples... até que explodiu a era #MeToo.

Aniston, que se prepara para seu retorno à televisão após "Friends", acompanhou, ao lado do restante dos Estados Unidos, as demissões de apresentadores como Matt Lauer (NBC) e Charlie Rose (CBS) após acusações de assédio sexual.

"Quando aconteceu o #MeToo, obviamente a conversa mudou drasticamente e o que fizemos foi incorporar isso à trama", afirma a atriz, que protagoniza "The Morning Show" ao lado de Reese Witherspoon. As duas também são produtoras da série, que estreia no dia 1º de novembro, mesma data de lançamento do serviço Apple TV+.

"Começamos a pensar em como seria o tom, queríamos que fosse cru, honesto, vulnerável, confuso, não preto e branco", disse Aniston em uma entrevista coletiva em Los Angeles. O resultado é um olhar tenso, irônico e, às vezes, surpreendentemente sombrio dos bastidores de um noticiário fictício das manhãs em Nova York.

'ALGO NEGLIGENTE'

A série começa de forma bastante similar à demissão de Lauer na vida real, com a personagem de Aniston anunciando no ar a saída de seu coapresentador masculino, interpretado por Steve Carell, após diversas acusações anônimas. Neste momento começa a batalha sobre quem será o substituto, com perguntas sobre o quanto a equipe de jornalistas e executivos, todos muito ambiciosos, sabia sobre as ações do colega.

"É realmente sobre como as pessoas mentem para si mesmas", afirmou a roteirista produtora do show, Kerry Ehrin, que descreveu as personagens como "pessoas sombrias, perturbadas".

"É impossível falar dos jornais matutinos e não abordar o #MeToo, seria algo negligente", completou.
Aniston interpreta uma mulher que ela descreveu como quase um "arquétipo de Diane Sawyer", apresentadora que é um símbolo do canal ABC, e que precisa enfrentar uma repórter obcecada interpretada por Witherspoon.

As duas atrizes se encontraram com diversos apresentadores, homens e mulheres, incluindo Sawyer, Katie Couric, Gayle King, Robin Roberts e Meredith Vieira, que estimulou uma suposta vítima de seu ex-coapresentador Lauer a denunciá-lo.

"George Stephanopoulos foi particularmente útil", disse Witherspoon, antes de Aniston acrescentar: "E empolgado, sem qualquer medo".

A série é baseada no livro "Top of the Morning", de 2013 escrito por Brian Stelter, ex-crítico de TV do New York Times, que está atualizando a obra para refletir os acontecimentos do #MeToo. Os criadores da série insistem que o programa, que satiriza as emissoras tradicionais, não está baseado em fatos concretos da vida real.

Michael Ellenberg, produtor executivo de três programas da Apple, incluindo "The Morning Show", disse que a série "está olhando para a era da transmissão, enquanto ajuda a lançar um novo serviço de streaming".

OUTROS SHOWS

"The Morning Show" é um dos nove programas que acompanham o lançamento da Apple TV+, que estará disponível em mais de 100 países a US$ 4,99 por mês. Outros programas de lançamento incluem o drama "See", no qual um vírus deixou a humanidade cega até que um par de gêmeos nasce com o poder da visão, provocando um conflito.

A lista inclui "For All Mankind", que imagina como teria sido a corrida espacial se os soviéticos tivessem pousado primeiro na Lua, e uma série feminista sobre Emily Dickinson, protagonizada por Hailee Steinfeld.
Oprah Winfrey lançará o primeiro episódio de seu novo clube de leitura na Apple, enquanto o ator Chiwetel Ejiofor narrará o documentário "The Elephant Queen".

Também são aguardados programas produzidos ou protagonizados por gigantes de Hollywood, de Steven Spielberg e Alfonso Cuaron a Samuel L. Jackson e Will Ferrell.​

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