Zapping - Cristina Padiglione

Adriana Araújo entra na disputa dos noticiários vespertinos

Com Boa Tarde, SP, novo telejornal da Band, jornalista concorre com César Tralli e Reinaldo Gottino

Adriana Araújo no telejornal Boa Tarde, São Paulo, da Band - Tatiane Moreno/Divulgação

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Desde o tempo em que tentava reformar o Vídeo Show, a Globo fez vários esforços no sentido de combater a boa audiência do Balanço Geral, da Record, em especial do quadro A Hora da Venenosa, com Fabíola Reipert, Reinaldo Gottino e Renato Lombardi. Embora a abertura de uma faixa de novelas tenha ajudado no quadro atual, nenhum produto fixo se mostrou mais resistente à concorrência da Record do que o jornal Hoje, e é justamente em notícias que a Band apostará no horário, a partir desta segunda-feira (4), para aumentar também sua fatia no bolo da audiência e relevância na TV aberta.

Abastecida pelo Donos da Bola e toda a eloquência do Craque Neto, um apresentador de TV convencional com fôlego de influenciador de internet, a emissora lança logo em seguida, às 14h, o Boa Tarde, São Paulo, sob o comando de sua mais nova contratada no jornalismo: Adriana Araújo.

Regional, o novo noticiário vai privilegiar a cobertura das notícias do dia, em tom conversado. Quanto menos teleprompter (TP), melhor.

"É um jornal muito mais conversado", diz ela à coluna. "A diferença é propor um jornal sem TP, mais próximo do espectador. De alguma forma, vou estar mais natural, com uma linguagem de rádio, mais coloquial do que seria um jornal muito padronizado. É como os grandes plantões que eu fazia no passado, com essa linguagem em que o âncora não é tão endeusado e tudo tem que ser mais humanizado", explica a jornalista.

As reportagens pedem tamanhos mais curtos, flexíveis para serem encaixadas entre os fatos mais quentes de cada edição, com meia hora de duração.

Além de toda a experiência acumulada em anos de Globo, como repórter, e de Record, como apresentadora e repórter, ela agora treina sua versatilidade em mais um meio de comunicação, com uma hora diária de rádio, uma novidade no currículo. Às 16h, de segunda a sexta, Adriana desce um andar na sede do grupo Bandeirantes para entrar no ar pela BandNews FM, ao vivo.

A proposta na TV, assim como no rádio, é explorar os acontecimentos ocorridos até o início da tarde e, dentro do possível, antecipar em tempo real o que será abordado com mais balizamento no Jornal da Band, à noite.​

A chegada da jornalista à Band também a levou ao revezamento do time que entrevista os convidados do Canal Livre, nas noites de domingo, pela TV aberta, sob o comando de Rodolfo Schneider, com participação fixa de Fernando Mitre.

"Estou mais próxima do que eu sou naturalmente", diz ela. Isso vale também na comparação com o período vivenciado na Record, emissora onde foi âncora do principal telejornal e que se tornou alvo de um processo judicial por direitos trabalhistas. Mas esse é um tema que ela prefere não comentar.

"Estou muito com essa proposta de olhar pra frente, criar uma conexão nova com o público", fala a mineira de Itabirito, terra do aclamado técnico de futebol Telê Santana (1931-2006).

Mãe de Giovanna, 24 anos, estudante de Medicina, Adriana lançou em 2020 o livro "Sou a Mãe Dela", em que narra a longa batalha para driblar uma síndrome ortopédica rara e grave da filha, até que sua menina pudesse caminhar normalmente, um relato emocionante lançado pela Editora Globo.