Zapping - Cristina Padiglione

Confira os desafios de Huck na migração do fim de semana

'Cada domingo é uma final de campeonato', diz Hélio Vargas, diretor artístico

Luciano Huck estreia neste domingo o Domingão com Huck - Marcos Rosa/Globo

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A estreia de Luciano Huck no “Domingão”, neste fim de semana (5), vem com bônus de confiança da Globo no novo apresentador de seu principal auditório, não só pela escolha para suceder Fausto Silva, o maior faturamento individual da casa nos últimos 30 anos, mas também pela devolução de meia hora ao programa, metade do espaço que lhe foi retirado durante a pandemia. A atração ficará no ar agora das 18h05 às 20h30.

À Folha, o diretor artístico Hélio Vargas endossa o que Huck tem dito nas poucas entrevistas que deu sobre a mudança, todas para veículos e programas da Globo. “O nosso foco está sempre no público, seja pensando conteúdos para ele, seja colocando ele no centro do nosso palco.”

E acrescenta: “Os domingos têm como marca registrada a família reunida, seja para o almoço ou em frente à televisão. E as famílias são múltiplas, em gerações, perfis, gostos.”

Para ele, o “grande desafio será produzir um programa que consiga encaixar a personalidade do Luciano como o apresentador que o público acompanhou nos últimos 21 anos neste novo dia e horário assistido por diferentes grupos.”

Na troca do sábado pelo domingo, pelas contas da audiência aferida pelo instituto Kantar Ibope, Huck tem mais de 1,1 milhão de pessoas a conquistar só na Grande São Paulo para obter um resultado considerado excelente pelos atuais padrões da Globo.

Isso equivale aos 5,7 pontos que separam o recorde do “Caldeirão” (15,7 pontos) deste ano, alcançado na despedida do apresentador do sábado (28), do recorde do “Domingão” (21,4), obtido por Fausto Silva em maio.

Leifert chegou aos 20, seu recorde como interino do “Domingão”, na final da “Super Dança dos Famosos” domingo (29).

Além de o horário do “Domingão” contar com mais televisores ligados que a faixa do “Caldeirão”, a concorrência no domingo é maior. Não há dia da semana em que o bolo da audiência seja mais fragmentado, e Vargas, veterano em televisão, bem sabe disso. “Eu digo sempre: não existe jogo ganho aos domingos na TV aberta, cada domingo é uma final de campeonato.”

Quanto ao perfil de público, Huck encontrará mais homens no domingo. Levantamento obtido pela coluna aponta que entre janeiro e agosto deste ano, o “Caldeirão” teve uma plateia formada por 65% de mulheres, ante 35% de homens. Já o “Domingão” tem 59% de telespectadoras, ante 41% de audiência masculina.

No quesito idade, os perfis dos dois programas se aproximam muito. Já em extrato social, o “Domingão” é ligeiramente mais qualificado, com mais público AB que o “Caldeirão” (37% x 35%), e menos público C (51% x 52%) e DE (12% a 13%).

“O fato de estarmos produzirmos conteúdo para diferentes faixas etárias nos dá liberdade para criar, porque o nosso público está sempre em busca de novidades. Então, mesmo que exista um hábito, existe também disponibilidade para o ‘novo’”, acredita o diretor.