Johnny Depp e Amber Heard: Entenda a batalha judicial marcada por acusações
Briga está arranhando a carreira do ex-casal de atores
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O ex-casal de atores Johnny Depp, 58, e Amber Heard, 36, viraram manchete em jornais ao redor do mundo devido aos detalhes do relacionamento conturbado revelados no julgamento em um tribunal de Virgínia, nos Estados Unidos, que acontece desde o dia 11 de abril. Depp processa Heard por difamação.
Os dois se conheceram em 2009 durante as filmagens do longa "Diário de um Jornalista Bêbado", no qual contracenaram juntos. Eles se apaixonaram, começaram a namorar e casaram em 2015. Um ano depois, Amber pediu o divórcio e uma ordem de restrição contra Depp, alegando que ele a agredia devido ao uso exagerado de álcool e drogas.
Em dezembro de 2018, a atriz escreveu um artigo de opinião no Washington Post sobre ser uma sobrevivente de violência doméstica de uma figura pública. Apesar de não citar o nome de Depp, ele diz que foi difamado e processa Heard Heard em US$ 50 milhões (cerca de R$ 251 milhões) por difamação. Ela contra-ataca e pede US$ 100 milhões (cerca de R$ 502 mil).
O grande problema é que a briga pública vem arranhando a reputação dos atores ao longo dos anos e só piorou com as revelações feitas nas últimas três semanas por Depp e de testemunhas em um julgamento televisionado. Heard se opôs à ideia de ter câmeras no tribunal, mas Depp ganhou a moção.
Nos depoimentos, foram expostas mensagens de texto do ator para amigos, gravações de brigas do casal, supostas traições de Amber com James Franco e Elon Musk, foto do dedo decepado do ator durante uma briga e até acusação que a atriz defecou na cama que dividia com Depp.
As testemunhas ouvidas disseram ainda que o ex-casal vivia uma relação de "abuso mútuo", mas que nunca tinham visto o ator agredir Heard. A psicóloga clínica forense Shannon Curry analisou pessoalmente a saúde mental da atriz e afirmou que ela sofre de transtorno de personalidade limítrofe (borderline) e de transtorno histriônico.
Heard, que deve começar a depor na terça-feira (3), trocou na última semana a equipe de relações públicas demonstrando que não está gostando da cobertura que está recebendo na mídia sobre a batalha judicial com o ex-marido. A nova equipe de relações públicas, liderada pelo CEO David Shane, já trabalhou contra Depp antes.
O resultado negativo da briga jurídica se reflete também na carreira do ex-casal. Segundo o Daily Mail, a atriz, que interpreta Mera em "Aquaman" terá menos de dez minutos de tela na próxima sequência. Fãs de Depp estão pedindo por meio de uma petição que ela seja retirada do filme. O documento já recebeu 3 milhões de assinaturas.
Depp alega que as acusações de Amber tiveram um impacto em sua imagem e carreira. Ele disse que teve dois projetos cancelados por dois grandes estúdios e foi suspenso de futuras produções em franquias nas quais era protagonista: "Piratas do Caribe" e "Animais Fantásticos".
Nesta segunda (2), Jack Whigham, agente de talentos, disse em depoimento no tribunal que o ator ganharia U$ 22,5 milhões (cerca de R$113 milhões) pela sequência de "Piratas do Caribe".
Com o processo de difamação, o ator afirmou que espera "limpar o registro" das alegações feitas contra ele por sua ex-mulher, após seis anos de tentativas. Ele admitiu que o" matou" ter sua reputação manchada e ter pessoas em sua vida pensando que ele era uma fraude e que mentiu.