Motorista de Cristiano Araújo vai a julgamento em julho
O motorista do cantor Cristiano Araújo, Ronaldo Miranda, 43, vai sentar no banco dos réus no dia 4 de julho. Essa é a data da audiência de instrução e de julgamento do processo sobre a morte do sertanejo e de sua namorada, Allana Moraes, que ocorrerá no Fórum de Morrinhos, na região Sul de Goiás, a partir das 14 horas.
No dia 24 de junho de 2015, a Range Rover em que eles estavam capotou na BR-153, no km 614, entre Morrinhos e o trevo de Pontalina. Miranda dirigia o veículo e foi indiciado por duplo homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Pelo Código Brasileiro de Trânsito, a pena para esse tipo de crime é de dois a quatro anos de prisão e suspensão da habilitação. Na audiência, a juíza Patrícia Machado Carrijo deve ouvir testemunhas e se inteirar do processo.
Miranda não atendeu às ligações da Folha, mas conversou com a reportagem por meio do aplicativo WhatsApp. O motorista disse que está se preparando para enfrentar a Justiça "com a verdade e com Deus no comando". Logo depois, encerrou o contato. "Esse é um assunto que me deixa para baixo", resumiu.
Desde setembro de 2015, Miranda trabalha com o cantor Marrone, da dupla com Bruno, acompanhando o músico em turnês e em compromissos pessoais. No Instagram, registra a nova rotina e presta frequentes homenagens a Allana e a Cristiano. Na última segunda-feira (19), ele postou uma foto com o sertanejo e escreveu: "Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós!".
RODAS E ALTA VELOCIDADE
O delegado Fabiano Henrique Jacomelis, responsável pelo caso, afirmou à época que o motorista foi negligente e imprudente. Com base no inquérito, ficou demonstrado que ele praticou esse homicídio culposo. Se as provas se repetirem, e vão, porque são técnicas, acredito que ele possa ser condenado, disse.
Em depoimento prestado à Polícia Civil, Ronaldo confessou que seguia acima da velocidade permitida na via: 110 km/h. Segundo relatório técnico da fabricante da Range Rover, o veículo de Cristiano estava a 179 km/h cinco segundos antes do acidente. Além disso, as rodas originais foram trocadas por outras, de marca indefinida. O veículo capotou após as soldas da roda traseira direita se romperem e cortarem o pneu.
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