Tony Goes

Surto de Kamilla lhe custou o favoritismo no "BBB13"

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Pobre Kamilla. Até quarta-feira passada (20), ela liderava a enquete do UOL que aponta o preferido do público para vencer o "BBB13".

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Bonita, desinibida e aparentemente apaixonada, a moça não só encantou uma parcela significativa da audiência como também a direção do programa, que parece privilegiá-la na versão para a TV aberta.

Mas aí veio a festa "Volta ao Mundo". Além de comilona, a paraense também se mostrou boa de copo. Entornou todas, deu piti, falou tudo o que lhe passou pela cabeça e terminou com Eliéser. Também perdeu a dianteira na pesquisa, agora ocupada com folga por Anamara.

A Globo até que foi generosa com a ex-miss. O pay-per-view mostrou muito mais detalhes do porre homérico de Kamilla, que precisou ser levada pelos colegas ao confessionário e receber atendimento médico.

Mais uma prova de que o álcool no "BBB" é uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo em que deixa os participantes soltinhos e cheios de amor para dar, também abre as portas da imprevisibilidade e até do perigo.

Mas, para mim, quem se portou realmente mal foi Eliéser. Sim, Kamilla fez para ele o gesto universal do pinto pequeno, e não adianta ela insistir que no Pará o tal do gesto quer dizer outra coisa. Mas seu peguete reagiu com toda a maturidade e o equilíbrio emocional de um garoto de oito anos.

Eliéser ficou amuado. Fugiu da festa e foi deitar com uma almofada cobrindo-lhe o rosto, como se estivesse envergonhado pela humanidade ter descoberto seu segredo mais íntimo. E recusou-se terminantemente a ajudar Kamilla quando a barra pesou para valer. Ficou trancado em si mesmo, enquanto os demais concorrentes gritavam por socorro à produção.

O curioso é que sua rejeição não aumentou. Verdade que ela já é grande, mas ainda assim ele é o mais cotado entre os quatro homens que sobraram na casa.

Já o reinado de Kamilla no topo durou pouco. Ontem mesmo, passada a bebedeira, ela parecia se dar conta das burradas que fez. Caminhava a esmo pela área externa da casa repetindo "eu me odeio!", como se fosse um mantra.


E agora, o que acontecerá? Eliéser deu o azar de atender o Big Fone que o despachou para o paredão. Por enquanto ele faz mistério de sua sina: talvez não queira ser visto como cachorro morto por seus concorrentes.

Sei não, mas acho que chegou a hora do rapaz. A não ser que ele tenha um "insight" e interrompa a contagem do relógio no jardim, Eliéser está na bica de ser eliminado. A não ser que os espectadores se apiedem do fato dele não ter sido agraciado pela natureza, coitadinho.

Tony Goes

Tony Goes (1960-2024) nasceu no Rio de Janeiro, mas viveu em São Paulo desde pequeno. Escreveu para várias séries de humor e programas de variedades, além de alguns longas-metragens. Ele também atualizava diariamente o blog que levava seu nome: tonygoes.com.br.

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