Maju (Maria Júlia), a moça do tempo do Jornal Nacional, esteve no "Altas Horas" (Globo) deste sábado (13).

"As pessoas estão falando: nossa, uma garota nova, apareceu agora!", comentou Serginho Groisman. "Imagina!", retrucou imediatamente Maju. "Já trabalhou em várias emissoras. Na TV Cultura trabalhou um bom tempo", continuou Serginho. "Comecei lá!", acrescentou Maju.

Groisman informou ainda que a jornalista já apresentou telejornal, já fez muitas matérias e reportagens. "Paulistana?", quis saber o apresentador. "Paulistana da gema! Eu nasci na zona sul de São Paulo mas me criei na ZL (zona leste), Vila Matilde com muito orgulho!", observou a moça do tempo. "Mas hoje, por conta da mudança profissional, eu moro perto da Globo, no Campo Belo (SP)".

Sobre a sua primeira matéria para a televisão, Maria Júlia relata: "Eu comecei só com a mãozinha. Eu ficava na chefia de reportagem, lugar onde a gente apura as notícias —e aí, sempre que tinha algum babado e não tinha repórter na redação, falavam 'manda a Maju'! E eu ligava correndo para a minha mãe e dizia: mãe, minha mão vai aparecer na televisão porque eu vou estar entrevistando fulano de tal! Então a minha primeira aparição foi a da minha mão", relembra com humor.

Aos poucos foram surgindo as oportunidades: "Nessa história de fazer as substituições acharam que eu levava jeito. Comecei fazendo uma matéria daqui, outra dali —muitas matérias de cultura lá na TV Cultura mesmo, fui para a reportagem, gostei muito, passei para a apresentação e entrei na Globo em 2007", conta Maju.

E ressalta: "Acredita, Serginho, que a minha primeira matéria aqui (Globo) foi sobre o tempo?". "Mas você não era ainda uma especialista?", pergunta o apresentador. "Não. Foi uma matéria só. Agora estou me tornando", retruca Maju. "Vai chover hoje?", aproveitou Groisman. "Hoje não tem previsão de chuva", respondeu Maria Júlia com propriedade.

Sobre usar os termos corretos e o olhar de técnica do assunto, a jornalista explica: "A gente tem um grupo de meteorologistas aqui na Globo, são especialistas na verdade —eles lêem as cartas meteorológicas e eu tento traduzir para o público de uma maneira mais leve, que eu acredito que a TV tem que se aproximar do telespectador, não dá mais para ser uma coisa engessada".

"Tento levar de uma maneira mais gostosa na medida do possível, porque às vezes o tempo tem a sua cara malvada, a tragédia, tudo isso", esclarece Maju.

E conclui: " A minha função é levar a informação de uma maneira gostosa para o público, é isso o que eu tenho que fazer e acho que está dando certo!", arremata Maria Júlia, cheia de graça.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"