Renato Kramer

Heloisa Faissol já está na final enquanto Marlos e Léo disputam a permanência em 'A Fazenda 7'

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Para a formação da roça do reality rural (Record) desta segunda-feira (24), foram indicados os bonitões do pedaço: o ator onipresente Marlos Cruz e o cantor sertanejo Léo Rodriguez, o sombra.

Pela lógica, a participação do ator foi muito mais vibrante: ele liderou o seu grupo (Avestruz), batalhou muito nas tarefas e nas provas e ainda brindou o público com um romance envolvente com a mais bela das peoas: Débora Lyra, a Miss Brasil 2010. O cara não é fraco, não!

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Enquanto isso, o cantor vivia à sombra da confraria maléfica que se tornou a sua equipe Ovelha. Não era ele quem decidia o que fazer nas picuinhas e maldades articuladas pela turma, mas a verdade é que ele não só não fazia nada para evitá-las como dizia amém para tudo. E, ao invés de conquistar a ex-panicat Babi Rossi como fingiu pretender no início —já que andou arrastando as asinhas para o lado da miss e não foi correspondido, ainda conseguiu magoar profundamente a moça dizendo achar que ela talvez fosse garota de programa.

Para arrematar com chave de ouro, atacou abertamente a aparência da dupla Pepê e Neném chamando-as de "cão chupando manga", argumentando que elas certamente o hostilizavam porque ficavam incomodadas com a sua beleza. Modesto, o moço!

Marlos Cruz tem gênio forte e andou extrapolando em alguns momentos em sua relação com a miss, mas isso lá é problema do casal —nada que interferisse em sua performance no jogo. E beleza por beleza, o ator está em vantagem: tem os traços do rosto em perfeita harmonia e um sorriso de derrubar quarteirão. Mas não se trata de um concurso de beleza e, de mais a mais, quem disse que reality show tem lógica?


Depois que toda a equipe Ovelha foi dizimada, Léo se tornou o mais meigo dos peões. E com um certo ar de cachorrinho que caiu do caminhão da mudança, foi se aproximando dos até então inimigos de quem não queria nem ouvir a voz quando comemoravam juntos alguma vitória. E convenceu quase todos os que permaneceram de que ele era apenas um fofo que andava em más companhias.

"Ele não é mau, ele é só influenciável!", argumentou a funkeira Helô, a primeira finalista desta edição. Bota influenciável nisso! Tanto que um telespectador chegou a perguntar se ele não se sentia um fantoche nas mãos do seu grupo. Babi Rossi não engoliu o pedido de desculpas do cantor, que lhe ofereceu flores durante a atividade do "vasinho da amizade".

"Só agora?", questionou a ex-panicat em conversa com as colegas na sede. "Eu sempre dei vários toques para ele, entendeu? Mas ele sempre ia atrás do que os outros do grupo faziam. Se ele fosse pedir desculpas realmente teria que pedir desculpas para todo o mundo", argumentou Babi desconfiada do arrependimento do sertanejo.

"E mais, aqui é um jogo para pessoas de opinião, entendeu? Não é para ficar igual um tonto como ele. Muito sem personalidade!", arrematou a ex-panicat ainda magoada. "O cara me fez de otária, meu! Nenhuma flor me compra não, amiga, pode ter certeza!", desabafou com a ex-paquita. "Mas ele vai sair, amiga, ele é o próximo, você não tenha dúvida!", assegurou Andréia. "O Marlos volta. Saíram os outros quatro [ovelhas], agora sai ele", decretou Pepê (ou Neném). Será?

Está nas mãos do público. Os dois roceiros têm estilos opostos: um participou ativamente, sorrisão cativante nos lábios, chegou chegando e aconteceu no reality (Marlos); o outro assumiu o caipira tímidão, anti-social, com um certo ar de desamparo (Léo), o que não deixa de ser atraente para uma turma que certamente adoraria lhe dar um colo.

A eliminação é hoje à noite. As cartas estão na mesa. Volto a lembrar: lógica e justiça são coisas que não contam em realities. Que aconteça o que for melhor para o destino de cada um.


Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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