Pedro Bial lê mensagem de 'haters' ao vivo no 'Na Moral'
O "Na Moral" (Globo) de quinta-feira (17) trouxe à baila a nova era do "Homo Digitalis" ou "Homo Conectatus", assim denominados pelo apresentador Pedro Bial.
Para o jornalista Pedro Dória, colunista expert no assunto, que tem 32 mil seguidores no Twitter, Bial pergunta logo de início: "Ninguém desliga o smartphone nem para dormir?". "Eu acho que ninguém desliga", responde Dória. "Dorme-se conectado", arremata Bial.
Já em relação a seu outro convidado, o autor de novelas Filipe Miguez (de "Cheias de Charme" e "Geração Brasil"), Bial lembra que foi ele quem promoveu "interações pioneiras entre a internet e a televisão". Miguez aproveita a ocasião para fazer uma denúncia: "Eu não tenho Twitter, mas estou lá! Alguém criou uma conta no meu nome, Filipe Miguez Oficial, me parece. Responde por mim, inclusive, e tem 94.000 seguidores. E eu não estou lá!".
E Bial ainda anuncia a presença do cineasta Arnaldo Jabor, "um dos mais importantes articulistas e artistas do Brasil". "E pode aplaudir que esse é o de verdade, não é aquele que usa o nome para assinar uma porção de textos que ele não escreveu na internet. Console-se, você não é o único Jabor, eu também estou nessa roubada", afirma o apresentador.
Questionado por Bial sobre os aplicativos de mensagem de texto, Dória deu uma informação surpreendente: "De março de 2013 até março de 2014, os aplicativos de mensagem —e o WhatsApp é o mais popular aqui no Brasil— cresceram 153% nesse período de 12 meses. Esse é o segmento que cresceu com maior rapidez na história da internet", declarou.
"Quanta informação está disponível ao homem digital?", quis saber Bial. "Eu não sei o número de cabeça, mas muito mais informação foi produzida em 2014, posta na internet, do que provavelmente em toda a história da humanidade até dezembro de 2013", informou o colunista.
Jabor comentou essa informação bastante relevante: "Eu não sei se é exagero meu, mas a internet é um dos eventos mais importantes da história da humanidade!".
"E a televisão, que papel tem na vida do homem conectado?" perguntou Bial a Miguez. "A televisão está tendo que se adaptar a esse novo homem que assiste a televisão com a chamada segunda tela. Cada vez mais tem o espectador interagindo, acompanhando, debatendo. O sofá onde as pessoas assistiam juntas e comentavam, hoje em dia se estende sem limites. Você pode comentar tudo com seus milhares de amigos. E o próprio telespectador tem a tendência de participar cada vez mais da programação", conclui o autor de novelas.
Bial chama então no telão uma cena de "Cheias de Charme" que, segundo ele, marcou a história da interação entre internet e televisão. "Foi a primeira vez que uma telenovela liberou na internet uma cena inédita, que não tinha ido ao ar, o clip das 'Empreguetes'. Isso entrou no final do capítulo de sábado, e na segunda-feira já tinha mais de 2 milhões de acessos... no final das contas tivemos 12 milhões de acessos... foi uma coisa pioneira", conta o autor Filipe Miguez. Em "Geração Brasil" - a atual novela das 19h, também de Miguez, essa interação está sendo ampliada.
Com o seu tablet ampliado no telão, Bial liga para o ator Mateus Solano, que está escrevendo uma comédia chamada "Selfie". Você há de concordar comigo que esse assunto dá pano pra manga!", comenta o Félix de "Amor à Vida". Em seguida foi a vez da ex-BBB Clara, que vivia como web-girl antes de entrar no reality. "A internet sempre fez parte da minha vida", confessou Clara. E sobre o fato dela e o seu "affair" no programa, a vencedora Vanessa terem terminado a relação via Twitter, Clara se explicou: "Foi uma infantilidade das duas".
Fiuk aparece para ficar frente a frente com um "trollador" seu contumaz. Mas o cantor afirma que não só não se incomoda como acha muito engraçado o que ele escreve: "Eu não acho que a gente deva se levar tão a sério. E quando tem bom humor, eu me divirto", afirmou o filho de Fábio Jr.
Bial então conta sobre os "haters", os que entram na rede para derramar o seu ódio por quem quer que seja. E lê alguns tweets enviados para o programa ao vivo: "Se vocês tocarem fogo no estúdio do 'Na Moral' agora com Bial e Jabor dentro, 70% da chatice do mundo vai acabar". "É muito carinho, que fofo!", retruca o apresentador. E pede para Jabor ler o próximo.
"Estou surpreendido que o ego do Pedro Bial e o do Arnaldo Jabor couberam no mesmo estúdio". "É que o ego dele deve ser pequenininho", ironiza o cineasta. E acrescenta em tom de deboche: "Pode falar da mãe do rapaz?". "É meio óbvio, né?", desconversa Bial.
"Apesar disso tudo, eu acho que com a internet as pessoas ficaram muito mais cultas e inteligentes. Ninguém sabia nada há 30 anos —todo o mundo babava na gravata— hoje em dia todo o mundo sabe muita coisa", argumentou Jabor. Em enquete prévia, a produção levantou que 62% das pessoas pesquisadas acham que o ser hiperconectado é mais solitário.
"No pior dos casos os conectados podem acabar...?" "Se matando!", respondeu na lata o jornalista Pedro Dória. "No melhor dos casos?" "Se amando!", respondeu Fiuk, aproveitando a dica de uma moça da plateia. "Esse negócio de solidão é meio antigo", declarou Arnaldo Jabor. "Eu acho que a solidão diminuiu. Solitário era antes!."
E para não perder o costume, Pedro Bial fez um breve discurso final: "É indiscutível que conectados todos nós temos a ganhar, mas é muito bom não esquecer o quanto a gente pode ganhar desconectado... de vez em quando!". E encerrou o seu discurso com uma frase de efeito: "O grande desafio do homem conectado talvez seja saber quando se desconectar".
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