Renato Kramer

"Nunca tá bom pra mim, acabo ficando meio chata", confessa Eliana

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Há oito anos como uma das únicas mulheres na briga pela audiência das tardes de domingo, a apresentadora Eliana ficou "De Frente Com Gabi" (SBT) neste domingo (20).

Embaixadora do Teleton, campanha que realizará a sua 16ª edição nos próximos dias 25 e 26 de outubro, Eliana esclareceu que a mensagem do evento não é a tristeza nem a compaixão, o objetivo é que as pessoas se inspirem nas lutas e conquistas das mães e crianças assistidas pela AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).

"Porque os maridos vão embora, abandonam o lar", acrescentou Eliana. "O que é uma loucura!", retrucou Marília Gabriela. "Uma loucura", concordou a entrevistada.

Como ela volta de suas visitas à AACD? "É claro que o meu emocional se abala", respondeu Eliana, "mas eu saio de lá renovada". Muitos artistas (Ivete Sangalo, Zezé Di Camargo e Luciano, Sandy -- entre outros) já garantiram presença no evento, mas a apresentadora se ressente de algumas grandes emissoras que não liberam personalidades que poderiam acrescentar muito na campanha.

E os filhos dos artistas irão? "Alguns confirmaram que trarão seus filhos. Eu quero trazer o Artur para viver essa emoção comigo", confidenciou Eliana.

"Ele está com 2 anos, você ainda está grudada nele...daqui a pouco desgruda", disse a experiente mãe Gabi. "Talvez ele desgrude de mim, mas eu como mãe não vou desgrudar dele nunca!", replicou Eliana. "Espera", aconselhou a jornalista.


E a sua transição de público? "O mercado infantil já não estava dando tanto retorno. Então, fiquei oito meses fora da TV, fazendo terapia e fonoaudiologia para deixar de falar com aquele jeito infantil", declarou Eliana. E no analista? "Chorei muito. Eu fiquei com muito medo", confessou a apresentadora.

Como é manter-se na briga pela audiência nas tardes de domingo? "Difícil...muito difícil", respondeu Eliana. "Eu já era 2º lugar (Ibope) na Record e continuei no SBT. Virei uma representante feminina falando nessa vitrine dominical. Uma mulher falando com propriedade sobre assuntos de mulher", concluiu.

"Você é workaholic?" quis saber Gabi. Eliana mantém um portal chamado "DaquiDali", coordena uma editora (Master Books), coopera com o site "As Meninas Online", faz o seu programa semanal no SBT e recentemente começou a dar palestras. "Sou", respondeu objetivamente Eliana, "mas meu filho é prioridade total."

No jogo rápido: machismo? "Retrógrado". Feminismo? "Desnecessário". Coragem? "Ultrapassar seus medos, não paralisar". Sonho? "Ver meu filho sempre saudável e feliz". Pesadelo? "Pensar em perder alguém que amo". Virtude? "Saber ouvir". Defeito? "Nunca tá bom pra mim. Então eu cobro muito dos outros, de mim mesma...acabo ficando meio chata!".

"Gente, essa mulher é uma máquina de sucesso!", exclamou Marília Gabriela. "Louca por desafios", concluiu Eliana, "a inércia me deixa angustiada".

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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