Renato Kramer

"Salve Jorge": Aisha tanto quis remexer no seu passado que a lama surgiu

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

"Esse é o negócio do momento!", comemora Wanda (Totia Meirelles) contando para Rosângela (Paloma Bernardi) sobre as "maravilhas" do tráfico humano.

E quando a aprendiz de traficante quer saber se o que dá mais é vender criança para adoção ou adultos para a prostituição, Wanda esclarece: "o negócio é gente, para qualquer função: adoção, escravidão, prostituição!". Benza Deus!

Mas a batata de Wanda está assando. A polícia federal já rastreou a sua ficha e descobriu que é ela a mãe de Aisha (Dani Moreno). Quando Helô (Giovanna Antonelli) recebe essa informação, fica estupefata: "a Wanda é a mãe de Aisha? Era melhor que ela nunca soubesse disso!", comenta a sempre charmosa policial com o colega Ricardo (Alexandre Barros).

Agora, que tem gato nessa tuba, tem! E Wanda vai tirar proveito dessa história, que parece não passar de uma farsa. A piadinha é infame, mas tanto a menina quis remexer no seu passado que a lama surgiu. Quem procura, Aisha!


Mas quem achou sarna para se coçar foi o pobre capitão Théo (Rodrigo Lombardi). Está cada vez mais difícil de achar que "esse cara" é ele mesmo. A criatura não foi cair numa armadilha primária que a "perigosa da seringa", Livia Marini (Claudia Raia), lhe preparou?

Ora, ora, capitão, que fiasco! Caiu como um patinho na provocação que a desprezada empresária do mal armou num encontro muito casual que teve com a sua ex-esposa Érica (Flávia Alessandra). Empolada como sempre, Livia levanta-se para ir ao toilette do restaurante aonde foi jantar com a confusa Antônia (Letícia Spiller) e dá de cara com a tenente.

"Érica!", exclama Livia em seu tom artificial, "como vai o nosso Théo?", pergunta ela com deboche. Érica, que muito casualmente ficara só naquele momento --já que Márcia (Fernanda Paes Leme) fora cumprimentar um conhecido em outra mesa, reage mal, chamando-a de vadia.

"Que mulher louca!", comenta Livia com Antônia, "eu tenho culpa do marido dela ser obcecado por mim?!". A personagem poderia ser detestável. Mas a atriz extrapola nas "caras e bocas", escorregando para um estereótipo inverossímil.

Érica vai até a casa de Théo num impulso e joga na cara dele com energia, numa boa cena de Flávia Alessandra: "foi você que pôs essa vagabunda na minha vida, pois trate de tirá-la!".

Enquanto isso, Livia Marini conta vantagem para Wanda: "eu não disse que faria o Théo vir até aqui? Já, já ele vai estar batendo nessa porta". E dois minutos depois, eis que o capitão bate mesmo na sua porta. Hum...que tolinho! Livia chama os seguranças, de um hotel que já não devia ter deixado alguém subir sem avisar, e pede que venha a polícia. Salve Théo!

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias