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Renato Kramer

"Eu tô no Projeto Samara", decreta Sueli em "Tapas & Beijos"

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"Lá fora tá uns 40 graus!", comenta Sueli (Andréa Beltrão) com sua inseparável amiga Fátima (Fernanda Torres). "Se lá fora tá 40, aqui dentro tá 50!!!", retruca Fátima esbaforida de calor.

É que, para piorar a situação, o ar condicionado da "Djalma Noivas" resolveu enguiçar. Elas então, resolvem aproveitar o horário de almoço para dar um pulo na praia. "Vamos?", convidou Fátima. "Claro", respondeu Sueli. "Eu tô no Projeto Samara!"."Que samara?", perguntou Fátima. "Samaravilha"!, respondeu Sueli apontando para si mesma.

O episódio de "Tapas & Beijos" (Rede Globo) de ontem já começou a todo vapor. As duas amigas se mandam para a praia, depois que Sueli confessa para Fátima que não só trouxe o seu próprio maiô, como o biquíni da amiga. E lá se vão as duas muito lépidas e faceiras, espantar o calorão.

Enquanto isso, o bom e velho Chalita dá um conselho a Djalma que o procura para desabafar. "Você está 'astrassado'!", conclui Seu Chalita com seu sotaque carregado. "Você precisa fazer massagem'. Tira um cartãozinho do bolso e oferece-o a Djalma. "Margareth vai fazer Djalma gemer sem sentir dor", lhe segredou o experiente comerciante libanês.

A produção musical do programa não quis deixar tão óbvio, mas mesmo sem ter colocado na trilha, essa simples menção de Seu Chalita bastou para trazer à mente o som da bela voz da cantora Amelinha interpretando "Mulher Nova ,Bonita e Carinhosa, Faz o Homem Gemer Sem Sentir Dor" (Zé Ramalho). Canção belíssima, diga-se de passagem que, se fosse lançada hoje, muito provavelmente entraria em conflito com a muitas vezes exagerada 'patrulha do politicamente correto'.

E as meninas chegaram com tudo na beira do mar. Cheias de charme, logo foram abordadas por um vendedor de praia cheio 'das malandrage' (Alexandre Slaviero) que rapidamente se prontificou a servi-las. Para se divertirem mais ainda, fingiram ser 'gringas' para o bonitão. Ele percebeu o truque. Elas é que não perceberam.

Enquanto isso, Armane (Vladimir Brichta) no auge da carência (fora abandonado pela mulher recentemente) se encontra com Jorge (Fábio Assunção) e vê nele a sua tábua de salvação. Resolve ajudar o dono de boate a tornar-se um cara saudável e arranja tudo para levá-lo correr na praia.

Na praia, enterradas na areia, só com a cabeça para fora em esculturas de sereias, Fátima e Sueli se esbaldam na caipirinha. E o tal 'bonitão' só incentivando. "Estoy pra lá de Bagdá!", diz Fátima num 'portunhol' muito do fajuto. Sueli, para não ficar atrás, solta por sua vez: "estoy com mys coxas bambas". Claro, que óbvio que sou, ouvi imediatamente na 'parede da memória' a parte daquela antiga canção que dizia: "Passei a infância em Cochabamba, transando muamba, driblando a alfândega!" (Eu Sou Free --Patrícia Travassos e Ruban) - sucesso nos anos oitenta com o grupo Sempre Livre.

Mas ali quem estava mesmo driblando alguém era o bonitão. Ao percebê-las "trêbadas", avisou-as de que tinha posto algo a mais na bebida delas - talvez um "boa praia, cinderelas" - recolheu as suas bolsas, com roupas e tudo, e escafedeu-se. As duas só entenderam um pouco da situação, quando o malandro já estava longe e dando adeusinho. Elas, além de muito bêbadas, permaneciam presas nas esculturas de sereia!

O quiprocó da volta das duas só de maiô para a loja com um único uniforme extra para revezarem, tentando disfarçar a bebedeira para a mulher do patrão Flavinha (Fernanda de Freitas) não desconfiar, é todo um capítulo à parte. Para incrementar a trama, Armane e Jorge, que fazem as pazes depois de um rápido desentendimento, acabam por ir comemorar na praia - no mesmo lugar onde as duas estiveram e, bingo! Caem no golpe do "boa praia, paspalhos"!

Na hora do almoço do dia seguinte... "Você não vai almoçar?", pergunta Sueli. "Eu vou continuar o projeto samara!", responde Fátima. "Mas nem tem sol", objeta Sueli. "Eu vou pro bronzeamento artificial". "Vai trocar a praia pelo microondas?", ironiza Sueli. "Quinze minutos de microondas por dia e eu fico com a cor da Globeleza!", vangloria-se Fátima (que tem a pele branca como o leite!).

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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