Quem pode doar dignidade ao casal de ex-BBBs?
Há diferentes definições para trabalho.
Alguns defendem que é apenas uma atividade de obter dinheiro para sobrevivência. O trabalho é, contudo, uma forma de expressão, uma maneira de se relacionar com o mundo e contribuir com ele.
Seja para se reestruturar, comer ou apenas conseguir dinheiro para pagar assessores de imprensa que soltam notinhas inúteis sobre suas vidas, o fato é que ex-BBBs também precisam de trabalho, e muitos se viram como podem.
Na última semana, veio a público que Fernando Medeiros e Aline Gotschalg receberam doações de fãs para comprarem um apartamento. "Vamos montar uma casinha bem legal e vamos mostrar tudo para vocês. Está bem?" disse a ex-"sister", disposta a mostrar cada vez mais sua intimidade em troco de dinheiro. Ela finge que isso é trabalho.
Desde que terminou o "BBB15", o casal tem vivido de permutas e das chamadas presenças "VIPs", participações em eventos sociais com o objetivo de atrair atenção. Trata-se de uma carreira sem muitas perspectivas de progresso, pelo contrário, pois a imagem tende ao desgaste, e logo deixa de ter valor.
A "empresária" dos dois, Gis Oliveira, conhece bem a realidade do mercado. Antiga agenciadora artística do também casal de ex-BBBs Adriana e Rodrigão, a quem deu trabalho por alguns anos, Gis foi acusada recentemente por estes de um calote de R$ 27 mil.
Como na maioria das questões envolvendo cachês, empresários e artistas (ou quase isso), há meias verdades nesse imbróglio. Além do esgotamento natural da imagem do casal Adriana e Rodrigão, dificilmente saberemos o que de fato aconteceu entre eles e a ex-empresária, mas é difícil dar crédito para quem acusa outra pessoa de tentar acabar com sua vida tendo ela própria se inscrito no "BBB".
Existe uma grande possibilidade de que o casal de ex-BBBs atual ignore a história natural vivida pelo antigo, e continue com a empresária até que não tenha mais valor de mercado e transfira para ela toda a responsabilidade do inexorável.
O futuro escândalo certamente renderá algumas notas que podem vitimizá-los perante seus fãs e, quem sabe, a partir daí gerar novas doações de dinheiro como permuta pelo que restou de sua autoestima e vergonha na cara.
É a partir do trabalho que entendemos nosso lugar na existência, assumimos nosso papel e nos tornamos úteis para o sociedade. Enfim, o trabalho ajuda a definir quem somos nós.
Não há mal algum em assumir que a carreira artística ainda não decolou e está na hora de acordar cedo e chegar a tempo de bater o ponto para não vir desconto no salário por atraso ao final do mês. A dignidade manda lembranças.
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