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Cinema e Séries

Angelina Jolie leva filhos a Toronto e diz que defende outras pessoas como diretora

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A atriz Angelina Jolie diz que nunca teve a intenção de ficar atrás das câmeras, mas que viajar ao redor do mundo pela Organização das Nações Unidas lhe abriu os olhos para os conflitos que inspiraram muitos de seus filmes mais recentes.

"Nunca pensei que poderia fazer um filme ou dirigir", disse Jolie ao público presente no Festival de Cinema de Toronto. No evento, a atriz exibe seu filme sobre genocídio no Camboja "First They Killed My Father" e o filme afegão "The Breadwinner".

Jolie disse que seu primeiro grande filme como diretora, "Na Terra de Amor e Ódio", drama de guerra bósnio de 2011, foi impulsionado por seu trabalho humanitário como enviada especial para a agência de refugiados das Nações Unidas.

"Eu queria saber mais sobre a guerra da Iugoslávia. Eu estava na região e viajando pela ONU. Foi uma guerra que eu realmente não conseguia entender. Não era um objetivo tornar-me diretora", disse.

"The Breadwinner", animação que ela produziu, fala sobre uma jovem afegã que corta o cabelo e se apresenta como um menino para alimentar sua família.

"Conta a triste realidade de muitas meninas que têm que trabalhar e não vão para a escola", disse Jolie, que fez várias viagens ao Afeganistão.

"As pessoas que conheci ao longo dos anos são verdadeiramente minhas heroínas. O bom de ser diretora é defender outras pessoas", afirmou Jolie.

Segundo Jolie, "First They Killed My Father" foi inspirado na sua vontade de querer aprender mais sobre a história do Camboja, país onde Maddox, um de seus seis filhos, nasceu.

Durante o festival, Jolie afirmou que queria que "Maddox aprendesse sobre si mesmo como um cambojano com uma luz diferente".

O filme, que foi exibido no Camboja neste ano, conta a história de uma jovem durante o genocídio da década de 1970 que é forçada a trabalhar no campo e, depois, pega em armas como criança soldado.

Jolie, de 42 anos, que ganhou um Oscar como atriz coadjuvante por "Garota, Interrompida", em 2000, minimizou seu status como modelo para as mulheres. "Eu tenho muito a aprender e preciso de modelos."

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