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Morte de elefante no Zimbábue alimenta debate sobre a caça esportiva

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Segundo o governo do Zimbábue, foi legal o abate do maior elefante já registrado no país nos últimos 30 anos. O atirador alemão, ainda não identificado, teria pago por volta de US$ 60 mil por uma permissão de caça de acordo com o jornal britânico "The Telegraph".

Morto por "esporte" no dia 8 de outubro em uma área de caça particular que faz fronteira com o Parque Nacional Gonarezhou, o animal tinha presas de cerca de 55 quilos cada. O caso veio à tona pouco dias depois de o país se recusar a processar o dentista norte-americano Walter Palmer por ter matado Cecil, um leão que era um símbolo nacional.

Noticiado também por veículos como "The Guardian", "BBC" e "CNN", o episódio alimenta o debate sobre a caça esportiva. O Zimbábue arrecadou US$ 45 milhões com a caça de grandes animais em 2014 de acordo com a agência de parques nacionais. A maior parte de caçadores é norte-americana e europeia.

Crédito: Reprodução/accuratereloading.com Foto publicada em fórum de caça de elefante que acredita-se ser o animal morto no Zimbábue
Foto publicada em fórum de caça de elefante que acredita-se ser o animal morto no Zimbábue

A morte foi legal, mas "antiética", disse Johnny Rodrigues, do Zimbabwe Conservation Task Force. Já em um comunicado, o parque informa que "as comunidades locais se beneficiam com as receitas geradas a partir de projetos baseados em animais selvagens, incluindo a caça".

Para a associação de caçadores profissionais do Zimbábue o abate do elefante é um troféu. "Grandes caçadores têm visitado o Zimbábue e retornado ao país todo ano nos últimos 30 anos e gasto até um milhão de dólares na esperança de matar um animal como esse" disse o presidente da associação Louis Muller.

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