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Zimbábue suspende parcialmente proibição à caça de leões e outros animais

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O Zimbábue suspendeu parcialmente as restrições à caça de leões, leopardos e elefantes apenas uma semana depois de entraram em vigor após a polêmica morte do leão Cecil por um caçador americano, informou nesta segunda-feira (10) a principal associação de caça do país.

Em comunicado divulgado à imprensa, a Associação de Guias e Caçadores Profissionais do Zimbábue (ZPHGA, em inglês) especificou que a proibição à caça de animais de grande porte será mantida em alguns cerrados como no Parque Natural Hwange, onde morreram recentemente dois leões, incluindo Cecil, e em duas zonas de caça ao sul da reserva.

Os caçadores locais e seus clientes estrangeiros terão que estar acompanhados a partir de agora por guardas dos parques nacionais durante a prática, segundo a ZPHGA.


O Zimbábue impôs limites à caça de animais de grande porte em 2 de agosto nas áreas que rodeiam os parques naturais, onde foi abatido ilegalmente em julho Cecil, o leão mais famoso do país africano.

"Após algumas discussões entre dirigentes de safáris e as autoridades do Zimbábue, a suspensão da caça de animais de grande porte foi levantada em todo o país", disse a entidade.

A proibição imposta pelo Zimbábue há poucos dias e levantada agora será mantida em lugares como Antoinette Farm e Railway Farm 31, dois parques naturais de propriedade privada situados na fronteira de Hwange,

"Não será permitida a caça de mais animais emblemáticos", acrescentou a associação.

Um conservacionista garantiu à Agência Efe que a nova regulação também revogou a autorização dos guardas para caçar animais com fins alimentícios dentro dos parques porque estavam abusando desta prática, embora a medida deva ser ratificada pela Autoridade dos Parques e Vida Selvagem do Zimbábue (ZPWMA).

O conservacionista, que pediu anonimato, garantiu que, apesar do levantamento de parte dos limites à caça, a nova regulação restringirá as práticas de "toda a indústria da caça de forma em massa".

A morte do leão Cecil abriu o debate sobre a caça legal em países como o Zimbábue.

O leão, de 13 anos de idade, foi atraído com uma presa amarrada a um veículo como isca para abatê-lo fora do parque, de modo que tecnicamente já não era ilegal caçá-lo.

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