Após morte de leão, companhias aéreas dos EUA proíbem frete de animais caçados
As companhias aéreas americanas Delta e American Airlines proibiram o transporte de animais de grande porte mortos em caçadas.
O anúncio veio após a grande repercussão internacional à morte do leão Cecil no Zimbábue.
As companhias disseram que não transportariam mais restos mortais de leões, rinocerontes, leopardos, elefantes e búfalos.
Eles não deram uma justificativa para a adoção da medida.
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A Delta voa diretamente para diversas cidades na África e foi alvo de uma petição online para banir este tipo de transporte.
A American Airlines voa para apenas oito cidades subsaarianas —bem menos que a Delta. A empresa disse, pelo Twitter, que sua decisão entrava em vigor imediatamente.
Cecil foi morto de forma ilegal em julho pelo dentista americano Walter Palmer, de Minnesota. O Zimbábue pediu sua extradição e também a de um médico da Pensilvânia, Jan Casimir Seski, suspeito de ter matado outro leão em abril.
Acredita-se que Palmer tenha pagado US$ 50 mil (cerca de R$ 172 mil) para caçar Cecil, que era uma grande atração turística do parque nacional Hwange.
Palmer disse achar que a caça era legal e não sabia que Cecil era protegido.
A Delta não respondeu a questionamentos de jornalistas sobre os motivos de sua decisão e também não detalhou quantos animais mortos em caça foram transportados nos últimos anos.
"Com efeito imediato, a Delta vai oficialmente banir o transporte de todos os leões, leopardos, elefantes, rinocerontes e búfalos de caçada no mundo como frete", disse a empresa.
O anúncio aconteceu no momento em que diversas companhias aéreas indicaram que devem fazer o mesmo.
Em maio, a Delta havia dito que continuaria a permitir este tipo de transporte.
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