Juiz que deu zero a australiana do breaking nos Jogos explica nota: 'Não quer dizer que foi péssima'
Martin Gilian fala sobre praticante Rachael Gunn, que se tornou alvo de piadas na web
Após virar piada nas redes sociais pelos passos esquisitos na estreia da modalidade breaking nas Olimpíadas de Paris, a australiana Rachael Gunn, 36, também conhecida como "Raygun", ainda tem sido assunto na web. Agora, foi a vez de o chefe dos juízes que deram zero a ela explicar o motivo da nota baixa.
"Pessoalmente, sinto muito", começou Martin Gilian em entrevista noticiada pelo jornal MetroUK. "A comunidade do breaking e do hip-hop com certeza oferece seu apoio a ela, que estava apenas tentando trazer algo novo, algo original e representativo de seu país", continuou.
Segundo ele, há cinco critérios de avaliação para definir a nota de cada praticante nos Jogos. "O ponto é que o nível dela talvez não tenha sido tão alto quando o dos outros competidores. Repito: é um sistema comparativo. Os rivais dela foram melhores, mas isso não quer dizer que ela foi péssima", emendou na entrevista.
A australiana se credenciou para as disputas em Paris ao vencer a eliminatória da Oceania. "Ela se qualificou em sua região. Infelizmente, outras atletas foram melhores. É por isso que ela não passou de seu round", completou Martin Gilian.
A participação de Rachael rendeu muitos memes. Gunn é pesquisadora há anos na área de política cultural do breaking e possui um doutorado em estudos culturais. Ela também é professora na Universidade Macquarie, lecionando sobre temas como mídia, indústrias criativas, música e dança.
Apesar das piadas, Gunn foi classificada pela Associação de Breaking da Austrália como a melhor dançarina dessa modalidade em 2020 e 2021. Ela também representou a Austrália no Campeonato Mundial de Breaking durante três anos, de 2021 a 2023, e venceu o Campeonato de Breaking da Oceania no ano passado.
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