Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Você viu?

Quem é Natalia Becker, dona de clínica onde homem morreu após peeling de fenol

Influenciadora de 29 anos é esteticista, tem empresas em três cidades e deu aulas de micropigmentação e design de sobrancelhas

A esteticista Natalia Becker
A esteticista Natalia Becker - Reprodução/Redes sociais
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A influenciadora Natalia Becker, 29, se apresentou no começo da tarde desta quarta-feira (5) à polícia para ser ouvida após a morte do empresário Henrique da Silva Chagas, 27, em sua clínica, em São Paulo. Ele morreu nesta segunda-feira (3), após passar por um procedimento estético chamado peeling de fenol para diminuir marcas de acne no rosto.

Natalia Fabiana de Freitas Antônio começou a carreira ministrando cursos de micropigmentação e design de sobrancelhas, em 2018. As contas dela nas redes sociais foram apagadas, mas quando estavam ativas somavam mais de 230 mil seguidores.

No perfil, a esteticista se apresentava como especializada em tratamento para melasma (manchas escuras na pele, com mais frequência, no rosto), e em rejuvenescimento facial.

Também dizia ser a criadora do protocolo Mellan-peel, procedimento desenvolvido com produtos naturais e óleos essenciais para controlar melasma.

Conforme informações do site da clínica, que saiu do ar, Natalia é dona de estúdios de estética em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. Nas redes sociais, fez algumas propagandas sobre o peeling de fenol, que causou a morte do paciente.

Curiosamente, Natalia usa o mesmo nome da esposa do goleiro do Liverpool e da seleção brasileira Alisson Becker.

POLÍCIA INVESTIGA O CASO

A Polícia Civil trata como homicídio o caso do empresário. A morte ocorreu no Studio Natalia Becker, na rua Jesuíno Maciel, no Campo Belo, zona sul de São Paulo. A sócia-proprietária da clínica foi a responsável pela realização do procedimento em Chagas.

De acordo com o delegado Eduardo Luiz Ferreira, titular do 27° DP (Campo Belo), que investiga o caso, a esteticista não teria permissão para realizar o procedimento, que deve ser feito por um médico.

"Para a Polícia Civil, o que ocorreu foi um crime de homicídio. Alguém causou a morte de alguém. Nós ainda não temos a definição se a gente tá diante de um homicídio culposo ou de um homicídio doloso", disse o delegado.

"Homicídio culposo seria quando a gente pratica o fato, agindo de três maneiras: por imprudência, negligência ou imperícia. Nesse caso, a gente teria uma imperícia, porque a investigada não é médica, ela não tem habilitação técnica para fazer esse tipo de procedimento. Então, seria, em tese, uma modalidade de homicídio culposo. Mas também tem outra possibilidade, de, eventualmente, ser um homicídio doloso. Ela não quer o resultado, mas ela pode assumir o risco de produzi-lo", acrescentou Ferreira.

O delegado afirmou ainda que o procedimento deve ser feito por um dermatologista, em centro cirúrgico. "Você tem que ter o monitoramento do paciente, tem que ter exames pré-ambulatoriais, tem que ter uma intervenção, se precisar, porque o fenol causa vários malefícios. Não é só o coração, pode atacar o rim."

O marido de Natalia Becker esteve na delegacia pouco após a morte de Chagas. Segundo a polícia, ele disse aos policiais que a mulher não compareceu ao distrito policial porque teria passado mal e precisou ser socorrida.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem