Cássia Kis grava vídeo em apoio ao PL Antiaborto por Estupro, décadas após abortar
Em post nas redes do Centro Dom Bosco, grupo católico de extrema direita, atriz defende a criminalização do procedimento após a 22ª semana de gestação para vítimas de estupro
Convertida ao catolicismo de matriz conservadora, Cássia Kis aparece em vídeos divulgados pelas redes do Centro Dom Bosco defendendo a urgência na aprovação do projeto de lei 1904/2024, que trata da criminalização do aborto após a 22ª semana de gestação para vítimas de estupro.
O Centro Dom Bosco é um grupo católico de extrema-direita com o qual Cássia passou a colaborar, principalmente durante a campanha de Jair Bolsonaro à presidência.
Na filmagem, Kis aparece em um fundo escuro e, em tom dramático, afirma que "a partir do primeiro mês já é um estado gestacional importantíssimo". Em seguida, fala sobre o procedimento de interrupção da gravidez com o uso de uma injeção de cloreto de potássio. "Nós precisamos parar com isso imediatamente", conclama.
Cássia finaliza pedindo apoio popular para pressionar os deputados federais a aprovarem a PL. "Que nosso Senhor Jesus Cristo nos abençoe e nos proteja".
A artista se submeteu a um aborto ainda jovem, e o episódio rapidamente foi lembrado por internautas, que recuperaram imagens da capa de uma edição da revista Veja, publicada em 1997. Nela, mulheres famosas e anônimas admitiram ter recorrido a um aborto. Entre elas, Hebe Camargo, Marília Gabriela, Elba Ramalho, Cissa Guimarães, e ela, Cássia Kis, hoje com 66 anos e quatro filhos.
Em entrevistas, a atriz disse que se arrependeu de abortar após gravar a cena em que sua personagem, Maria Marruá, dava à luz a Juma na primeira versão da novela ‘Pantanal’, na extinta TV Manchete, em 1990.
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