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Revólver supostamente usado por Van Gogh em suicídio será leiloado

'Arma mais famosa na história da arte' está em Paris

Pintura recria Vincent van Gogh
Pintura recria Vincent van Gogh - AFP
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Paris

O revólver supostamente utilizado por Vincent Van Gogh para o seu suicídio, desconhecido do público até 2012, será leiloado no dia 19 de junho, em Paris, segundo informou o Hôtel Drouot à AFP nesta terça-feira (2). É no hotel que a venda ocorrerá.

A arma Lefaucheux, de calibre 7 mm e cujo valor é estimado entre 40.000 e 60.000 euros (R$ 173 mil e R$ 260 mil), foi descoberta em 1965 por um agricultor no mesmo campo onde o artista holandês terminou seus dias em 27 de julho de 1890, em Auvers-sur-Oise, ao norte de Paris. 

Van Gogh disparou uma bala contra o peito e morreu dois dias depois no albergue onde se instalara. 

Após a descoberta, o agricultor entregou o revólver – seriamente danificado – a Arthur Ravoux, proprietário do albergue, e desde então permaneceu na família, segundo a casa de leilões Auction Art. 

Foi apresentado publicamente pela primeira vez em 2012 com o lançamento do livro "Aurait-on retrouvé l'arme du suicide?" ("Poderíamos ter encontrado a arma do suicídio?", em tradução livre), sobre a história do revólver.

Embora não seja possível provar que se trata da arma que matou Van Gogh, várias indicações tornam essa hipótese plausível.

Além de ter sido encontrada no mesmo lugar onde Van Gogh morreu aos 37 anos, o calibre corresponde à bala descrita pelo Dr. Paul Gachet que cuidou dele durante a sua agonia, enquanto a natureza do ferimento é consistente com a fraca potência da arma.

Finalmente, estudos científicos indicam que o revólver, considerado por alguns como "a arma mais famosa na história da arte", permaneceu por terra por 75 anos, o tempo até sua descoberta.

Em 2016, o museu Vincent Van Gogh de Amsterdã apresentou a arma na exposição "Nos confins da loucura, a doença de Vincent Van Gogh".

O artista havia se instalado em Auvers-sur-Oise dois meses antes, aconselhado por seu irmão Théo. Na época, Van Gogh pintava mais de um quadro por dia, sendo acometido por grandes crise psicológicas que se acentuaram no final do mês de julho.

Outra teoria, muito debatida, foi apresentada em 2011 por dois investigadores americanos, segundo os quais Van Gogh não cometeu suicídio, mas foi vítima de um disparo acidental de dois irmãos adolescentes que brincavam com uma arma. 

AFP
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