Emprego dos sonhos? Ganhe 53 mil reais para passar dois meses deitado na cama
Você gosta da ideia de passar o dia na cama? Há um trabalho no qual você pode, literalmente, dormir para ganhar dinheiro. Mais precisamente 16 mil euros (R$ 53 mil).
Cientistas espaciais franceses estão à procura de 24 homens para passarem 60 dias deitados em uma cama.
É preciso, contudo, ter de 20 a 45 anos, estar em perfeita saúde, não fumar, praticar atividade física regularmente e não ter nenhum tipo de alergia ou restrição alimentar. Exige-se ainda índice de massa corporal —a medida internacional para calcular se uma pessoa está no peso ideal— entre 22 e 27.
De acordo com o site que anuncia o recrutamento, o trabalho faz parte de um estudo para medir os efeitos da microgravidade —ou a ausência de peso— sobre o corpo e avaliar efeitos de antioxidantes e anti-inflamatórios de um suplemento alimentar nessas condições,
"A ideia desse estudo é reproduzir a ausência de peso da Estação Espacial Internacional", afirma Arnaud Beck, que coordena o experimento.
O estudo vai durar, ao todo, 88 dias e será realizado na Clínica de Medicina e Fisiologia Espacial (Medes) em Toulouse.
"Durante as duas primeiras semanas, nossos cientistas farão toda uma série de testes e medidas sobre os voluntários. Isto será seguido por um período de 60 dias durante o qual eles devem permanecer na cama, a cabeça ligeiramente inclinada para baixo em menos de seis graus", explicou o cientista ao periódico francês "20 Minutes".
Beck garante que o "trabalho" é mais difícil do que pode parecer.
Durante os 60 dias, além de dormir, os participantes do estudo terão de ficar o tempo todo na cama com pelo menos um ombro em contado com o colchão. Isso significa que os participantes do estudo terão comer e se limpar na cama.
O objetivo do experimento é observar possíveis efeitos negativos no corpo humano da microgravidade e identificar formas de combater eventuais danos.
"Em certas condições, o sistema cardiovascular é afetado e não é capaz de executar o mesmo esforço", explicou Beck.
Tal qual astronautas que passam longos períodos no espaço, os voluntários devem experimentar perda muscular e uma queda na densidade óssea. Apos o teste, devem encontrar dificuldade de ficar de pé, disse o especialista.
Por isso, a última parte do estudo vai ser reservada à recuperação e mais testes para avaliar os efeitos do período na cama.
Pode ser um jeito de dar uma diversificada no currículo. O apelo do emprego lembra o de trabalhos atípicos que tiveram grande repercussão internacional, como o de cuidar uma ilha paradisíaca na Austrália.
Comentários
Ver todos os comentários