O café Araras, aberto no fim de 2014 pelas empresárias Liz Marina Cardozo e Celina Bredemann, nos EUA, foi retratado em uma reportagem do jornal “New York Times”, publicada nesta sexta-feira (29).

O estabelecimento, cheios de produtos e marcas do Brasil em suas prateleiras, fica em White Plains, cidade próxima a Nova York, e é conhecido por servir um cardápio tipicamente brasileiro.

Além do café importado de Minas Gerais, também tem empadinha, quibes, esfirras e coxinha no cardápio.

Mas é nos doces que se destaca. Segundo a reportagem, Cardozo tenta fazer ao menos um bolo por dia (como o exótico para os americanos de cenoura com cobertura de chocolate), enquanto Bredemann é especialista em brigadeiros.

Os alfajores, ainda que argentinos, também são marca registrada do lugar. “Meu Deus, você precisa experimentá-los. Venha neste sábado”, disse Cardozo ao repórter do “NYT”.

As duas donas do lugar se conheceram em 2007, pouco depois de Cardozo ter trocado o Paraguai pelos EUA. Ela estava em busca de tomar um café mais forte –além de um emprego. Foi quando encontrou um lugar chamado Alo Brasil.

“Eu estava bebendo todos os tipos de café, mas precisava de um mais forte, precisava sentir o sabor do café. Por essa razão que eu fui ao Alo Brasil. Perguntei ao dono se ele estava buscando alguém para trabalhar lá, e ele disse que sim. E eu me casei com ele”, brincou.

A brasileira Bredermann era gerente do local, e as duas mantiveram contato após o Alo Brasil ter fechado as portas, em 2012. Elas entraram em um programa de uma ONG que estimula o empreendedorismo de mulheres e decidiram abrir o próprio café em 2014.

O lugar foi batizado de Araras, por causa da famosa ave. Elas queriam que o café tivesse identidade brasileira, mas não tivesse Brasil no nome para atrair todo tipo de cliente.

“Nós queremos todo mundo. Você pode ser da Argentina, da China, da Rússia. Mas, se alguém do Brasil estiver andando por aqui e ver o nome Araras, ele vai saber que é um lugar brasileiro”, completou.

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