Como aproveitar a Páscoa e comer chocolates com consciência

À medida que nos aproximamos da Páscoa, somos bombardeados por chocolate, iguarias peculiares, encontros e festividades. Com frequência, sucumbimos ao excesso alimentar, não é mesmo? Mas, sim, é possível comer chocolate sem culpa. Vou te ensinar uma técnica fácil e incrível.

É inegável que muitas vezes nos alimentamos de modo automático, chegando até mesmo a não apreciar verdadeiramente os alimentos que gostamos. Especialmente nesta época do ano, é comum excedermos na indulgência com os deliciosos ovos de Páscoa.

Que tal experimentar uma técnica para trazer plena consciência ao degustar esse doce? A seguir, apresentamos um guia passo a passo de Mindful Eating para você comer chocolate sem exageros —nem culpa!

EXPLORANDO O CHOCOLATE COM CONSCIÊNCIA PLENA

1. Escolha o seu chocolate favorito para saborear.
   
2. Antes de provar, faça uma pausa para direcionar a atenção à respiração e às sensações corporais. Observe os pensamentos e emoções presentes no momento. Avalie se é oportuno para essa experiência.
   
3. Inicie observando a embalagem. Abra-a com cuidado e perceba os sinais que seu corpo emite em relação ao desejo real de consumir esse doce. Surgiu algum pensamento? Sua boca salivou? Existe um anseio imediato para abrir a embalagem?
   
4. Pegue um pedaço e segure-o na mão. Observe as cores, o formato e a textura. Sinta o peso do chocolate em sua mão.
   
5. Aprecie o aroma. Faça uma pausa para perceber as sensações corporais. Delicie-se novamente com o aroma do chocolate.
   
6. Antes de levar à boca, observe os sinais de desejo genuíno de consumir esse doce, como a salivação, a sensação de vazio no estômago ou a curiosidade pelo sabor. Se não houver desejo, respeite seu corpo e deixe para outro momento.
   
7. Coloque um pedaço na boca e aguarde um pouco antes de morder. Observe a textura e os diferentes sabores ao colocar o chocolate na boca e enquanto ele derrete. Só então comece a mastigar lentamente.
   
8. Saboreie calmamente esse primeiro pedaço. O que você percebe ao comer com mais atenção?
   
9. Faça uma pausa. Decida se deseja consumir mais um pedaço com essa mesma consciência. Ao escolher cada pedaço, observe as sensações e como estas se modificam. O sabor é um indicativo importante para determinar se deseja continuar comendo.
   
10. Esteja atento aos sinais de saciedade e decida quando parar de comer. Observe as sensações corporais. Como estão os pensamentos e emoções? Você experimenta a sensação de satisfação?
    
11. Ao seguir esses passos, você pôde perceber alguma diferença na experiência ao degustar seu chocolate favorito com plena consciência?

Quando mencionamos a satisfação, estamos nos referindo a um estado emocional. Podemos nos sentir satisfeitos, plenos e em paz após uma refeição. Isso difere da sensação de plenitude física que ocorre quando o alimento chega ao estômago. Neste caso, trata-se de uma sensação corporal relacionada à quantidade de comida consumida.

Identificar essa diferença no cotidiano (veja aqui mais dicas) auxilia na compreensão de nossos sentimentos e na tomada de decisões conscientes.

Experimente essa prática não apenas na Páscoa, mas também em outras ocasiões!

APLIQUE MINDUFUAL EATING A QUALQUER ALIMENTO

É importante ressaltar que essa abordagem, aprendida com o chocolate, pode ser aplicada a qualquer outro alimento. Trata-se de uma oportunidade para percebermos como muitas vezes nos alimentamos de maneira distraída, seja por estarmos envolvidos com dispositivos eletrônicos (como celular, tablet, computador, TV), ou por não estarmos verdadeiramente atentos ao sabor e às sensações corporais durante a refeição.

Essa prática pode despertar a alegria e o prazer de comer. A alimentação consciente favorece a exploração das sensações corporais e nos lembra da importância de estarmos cientes das emoções e pensamentos que surgem durante o ato de comer.

Quanto mais presentes estivermos durante as refeições, mais apreciaremos os detalhes que, de outra forma, passariam despercebidos.

Desejamos a você uma feliz Páscoa —e uma prática alimentar consciente!