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Guga Chacra não chorou ao vivo com vitória de Trump nas eleições dos EUA

Vídeo original é de 2020 e mostra comentarista emocionado com efeitos do coronavírus

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São Paulo

É falso que o comentarista da GloboNews Guga Chacra tenha chorado em programa ao vivo ao falar da vitória do republicano Donald Trump na corrida presidencial norte-americana. O vídeo usado em posts mentirosos com legendas como "Imagens exclusivas mostra (sic) Guga Chacra chorando após vitória avassaladora de Trump" e "Esquerdista vendo que Trump foi eleito novamente presidente dos EUA " é verdadeiro, mas foi tirado de contexto.

Foto mostra um trecho da participação de Guga Chacra na Globo. Ele veste um terno preto com camisa branca e gravata verde e está sentado. Guga é um homem branco, com cabelos castanhos arrepiados. Ele olha para a direita durante uma fala. Na frente da foto está uma arte que mostra 99, a quantidade de votos para Kamala Harris e 188 votos para Donald Trump, com um total de 270 delegados necessários para a vitória. A legenda informa que Kamala Harris e Donald Trump estão disputando a Casa Branca.
Guga Chacra durante cobertura das eleições dos Estados Unidos feita pela Globo em 2024; jornalista teve seu nome envolvido mais uma vez em conteúdos de desinformação - Reprodução/Globoplay

A gravação original é de 15 de março de 2020 e mostra o jornalista no Manhattan Connection, exibido pela GloboNews até novembro de 2020. Quatro dias após a ONU ter declarado a pandemia de Covid-19, Chacra comentava a possibilidade de lockdown e temia que o coronavírus se espalhasse. "É muito triste tudo isso. Eu estava falando com o Caio [Blinder], dá até vontade de chorar", afirma ele, emocionado.

Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou, desinformadores já tinham usado o mesmo vídeo em novembro de 2020 para dizer que Chacra teria chorado por causa de uma possível eleição de Trump naquele ano —diferentemente de agora, quem venceu daquela vez foi o democrata Joe Biden. Em 2023, posts com o trecho do jornalista emocionado mentiam ao dizer que o motivo era a eleição de Javier Milei na Argentina.

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