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Televisão

Apresentadora da GloboNews se emociona ao falar sobre projeto antiaborto: 'Sofrimento'

Jornalista diz ser necessário defender meninas de trajetória de dor e julgamento

 Uma apresentadora de notícias  está sentada em um estúdio de televisão, com um cenário movimentado de redação ao fundo, onde jornalistas trabalham em suas mesas, cercados por telas e equipamentos de transmissão.
Mônica Waldvogel, jornalista da Globonews, fala sobre PL do aborto e chora - Reprodução/GloboNews
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São Paulo

A jornalista Monica Waldvogel se emocionou ao falar sobre o Projeto de Lei que equipara aborto a homicídio, durante uma transmissão ao vivo na GloboNews, canal de notícias do grupo Globo.

A proposta quer colocar um teto de 22 semanas na realização de qualquer procedimento de aborto em casos de estupro no Brasil. Com voz embargada, a apresentadora falou que fica tocada porque meninas e famílias poderiam não entender o que acontece.

"O sofrimento é muito grande. Ninguém as informou sobre como funciona. Imagina uma meninazinha de uma família pobre chegar ao hospital com um bebezinho na barriga sem saber direito o que está acontecendo e ser criminalizada e julgada, sem que nada da trajetória de dor e sofrimento seja considerada", disse. "Alguém tem que olhar para essa parte da sociedade, é a que está menos defendida."

A autoria do projeto é deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). O texto quer alterar o Código Penal para aumentar a pena imposta àqueles que fizerem abortos quando há viabilidade fetal, presumida após as 22 semanas de gestação. A ideia é equiparar a punição à de homicídio simples, que pode chegar a 20 anos. A pena valeria tanto para grávidas, quanto para quem realiza o procedimento.

Com isso, a mulher que fizer o procedimento, se condenada, cumprirá pena de 6 a 20 anos de prisão. Já a pena prevista para estupro no Brasil é de 6 a 10 anos. Quando há lesão corporal, de 8 a 12 anos.

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