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Televisão

Globo veta série LGBTQIA+ em telejornal por causa de Corpus Christi e Marcha Para Jesus

Produção será exibida no SP1, mas direção de jornalismo solicitou que o material não fosse ao ar na próxima quinta (30), feriado cristão; OUTRO LADO: Globo diz que decisão foi editorial

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Pastor Estevam Hernandes na abertura da Marcha para Jesus em 2023: Globo veta reportagem em telejornal local sobre LGBTQIA+ por causa de cobertura do evento - Eduardo Knapp/Folhapress
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Aracaju

A Globo decidiu vetar a exibição de um episódio de uma série especial sobre a relação da comunidade LGBTQIA+ com a capital paulista no próximo dia 30, dia de Corpus Christi, data importante para religiosos.

A produção já tem três episódios editados e estava prevista para ter quatro ou cinco reportagens exibidas dentro do telejornal SP1, apresentado por Alan Severiano na hora do almoço. A produção será mostrada durante toda a semana, menos na data considerada sagrada.

A determinação foi feita por Ana Escalada, diretora de jornalismo da emissora em São Paulo. A Globo deseja evitar reclamações de grupos religiosos, especialmente de evangélicos, já que, no mesmo dia 30, além do feriado, está marcada para acontecer a Marcha Para Jesus, evento organizado pela Igreja Renascer em Cristo, do pastor Estevam Hernandes. O SP1 vai dar amplo espaço para o evento.


A Marcha é aberta ao público, e estima-se que receberá mais de 1 milhão de fiéis. Shows com artistas gospel, como Aline Barros, Bruna Karla, Thalles Roberto, Cassiane, Morada, Midian Lima e Valesca Mayssa, estão previstos.

O objetivo da Globo é evitar algum tipo de crítica ou reclamação do público mais conservador. A série dedicada aos LGBTQIA+ mostrará a história da Parada Gay com a população da capital paulista. Neste ano, o evento está marcado para o dia 2 de junho na avenida Paulista.

Produzida pelo repórter Romulo D'ávila, que é assumidamente LGBTQIA+, o material conta com relatos dos primeiros organizadores da passeata, que começou em 1997. Em defesa do veto, internamente, a direção de jornalismo da Globo em São Paulo afirma ter sido uma decisão editorial para dar mais espaço para a cobertura da Marcha, sem algum tipo de ligação religiosa. A equipe da série teria ficado incomodada com a decisão.

Procurada pelo F5, a Globo não comentou o assunto até a publicação da reportagem.

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