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Televisão
Descrição de chapéu LGBTQIA+

Muito amor e muita luta, diz Amaury Lorenzo sobre sucesso de Ramiro em 'Terra e Paixão'

Ator fala da trajetória do personagem, que começou 'machão' e terminou em namoro gay aprovado pelo público na novela que tem seu último capítulo nesta sexta (19)

Em foto colorida, homem de terno escuro posa para foto
Amaury Lorenzo: 'O imenso público vibrou com nossa história' - Divulgação/Globo
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Rio de Janeiro

Após 221 capítulos, "Terra e Paixão" chega ao fim e um dos nomes mais comentados da novela de Walcyr Carrasco é o de Amaury Lorenzo. Estreante na teledramaturgia, o ator fez o público se sensibilizar com o enredo de Ramiro. O capataz chucro da família La Selva, matador macho, como se autodefinia o personagem, foi deixando a vilania graças ao romance com Kelvin, interpretado por Diego Martins.

O relacionamento de Ramiro e Kelvin, aliás, ganhou certo protagonismo na trama. Coisa que Amaury, diplomático, não concorda muito. "Os protagonistas de Terra e Paixão são a nossa equipe extremamente profissional e dedicada e o imenso público que vibrou com nossa história".

Amaury diz que Ramiro veio no momento certo de sua carreira, agradece pela enésima vez a parceria com Diego Martins e enaltece o coletivo ao falar da aceitação de um casal gay em uma novela das 21h, já que foram anos de lutas de outros atores antes rejeitados.

Só para refrescar a memória: intérprete de Sandrinho em "A Próxima Vítima"(1995), André Gonçalves chegou a ser espancado e perseguido na rua por causa do romance com Jefferson (Lui Mendes). Nathalia Timberg e Fernanda Montenegro foram criticadas pelo relacionamento gay em "Babilônia" (2015). "Sou grato a todos e todas que, de alguma forma, contribuíram para este sucesso. Não fazemos nada sozinhos".

Amaury minimizou os ataques de ódio reforçando preferir o amor e não contou sobre os plano futuros, que incluem uma possível participação do quadro Dança do Famosos, do programa Domingão com Huck. Ele não respondeu sobre o fim recente do relacionamento com o documentarista Sérgio Pires Lobato nem a declaração em relação à sua orientação sexual. Amaury disse que se considerava um homem LGBTQIA+ e que não se importava com a curiosidade do público sobre a sua sexualidade.

"Terra e Paixão" é a sua primeira novela. Você esperava tamanho sucesso de seu personagem? Trabalho há 25 nas Artes Cênicas. É um longo caminho de luta. O Ramiro veio no momento certo. Eu estava preparado para abraça-lo. Não tem mágica. O que há é muita luta, muito trabalho e muito amor.

Você esperava a redenção do personagem? Acha que isso aconteceu muito por causa da relação Kelvin e Ramiro? Eu sempre recebo cada capítulo, cada cena do Ramiro com muita felicidade. Os caminhos dramaturgicos traçados pelo Walcyr Carrasco e pela Thelma Guedes são potentes, e vão revelando, de forma linda, a transformação do Ramiro.

Acredita que Ramiro e Kelvin tiveram um protagonismo inesperado na trama de Walcyr Carrasco? Os protagonistas de Terra e Paixão são a nossa equipe extremamente profissional e dedicada e o imenso público que vibrou com nossa história.

Os ataques após sua vitória na premiação de Os Melhores do Ano, no Domingão do Huck te magoaram? [Parte do público criticou o resultado] Recebo muito amor e respeito das pessoas que admiram meu trabalho. Prefiro o amor.

Em foto colorida, dois homens trocam abraços e carinhos
Kelvin (Diego Martins) e Ramiro (Amaury Lorenzo) - Divulgação/Globo
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