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Televisão

TVs que apoiaram Bolsonaro fazem fila em Brasília para conquistar Lula

Executivos da Record se reuniram com ministros um dia depois de filhas de Silvio Santos, do SBT, fazerem o mesmo

retrato de edir macedo, que sorri
Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record - Divulgação/Presidência da República
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Aracaju

As TVs brasileiras que apoiaram o governo Jair Bolsonaro (2019-2022) estão fazendo fila em Brasília (DF) para se aproximar de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seus ministros. No início da semana, Daniela Beyruti, filha de Silvio Santos e vice-presidente do SBT, foi à capital federal acompanhada de sua irmã Patrícia Abravanel para se apresentar como nova diretora-forte da empresa.

Silvio Santos falou por telefone com Lula.

Já na noite da última quinta (6), a Record enviou dois executivos para se reunirem com Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, e Paulo Pimenta, Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Marcos Vieira, CEO do Grupo Record; e Alarico Naves, vice-presidente comercial da TV de Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, conversaram com Costa e Pimenta na sede da Record no Distrito Federal. Executivos do Jornalismo e membros da Igreja Universal não estiveram presentes.

O ministro Paulo Pimenta confirmou o encontro ao F5 e disse ter se tratado de uma conversa de cortesia, algo que costuma fazer com veículos de comunicação. "Estou conversando com todo mundo e vou continuar conversando", disse Pimenta.

Na conversa, foi discutido o futuro da televisão no Brasil, a realidade atual do mercado e as vitórias recentes do governo, como a aprovação no congresso da reforma tributária. No mercado, conversas do tipo são consideradas normais já que o atual governo tem apenas sete meses de trabalho.

O encontro com a Record aconteceu fora a agenda oficial dos dois ministros. A reaproximação nesta semana teve como consequência o adiamento de alguns cortes que seriam realizados nesta semana na emissora, consequência do prejuízo de R$ 500 milhões que a Record teve no período, de acordo com o balanço financeiro divulgado no primeiro semestre.

Se aproximar do governo é uma saída, já que a publicidade estatal ainda é a maior fonte de renda publicitária das TVs abertas. Somente no primeiro semestre de 2022, por exemplo, a Record recebeu cerca de R$ 9,8 milhões em anúncios referentes à Bolsonaro. Somente a Globo, com R$ 11,1 milhões, recebeu mais.

Procurada pelo F5, a assessoria da Casa Civil e a Record não responderam até a última atualização desta reportagem.

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