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Televisão

Suyane Moreira comemora representatividade com núcleo indígena em 'Terra e Paixão'

'Isso é muito poderoso', celebra a atriz e modelo, que entre outros feitos, inspirou a Mulher Maravilha brasileira, criada em 2020 pela DC Comics

Suyane Moreira interpreta uma especialista em ervas medicinais na trama de Walcyr Carrasco - João Miguel Júnior/Globo
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Rio de Janeiro

Demorou mas chegou a hora de a atriz e modelo Suyane Moreira fazer parte de um núcleo forte dentro de uma novela em horário nobre. Depois de pequenas participações em filmes ("Árido Movie") e em produções da Record e da Globo -"Os Mutantes", "Amazônia, de Gálvez a Chico Mendes", "Araguaia" e "Gabriela", entre outras- ela agora faz parte do grupo indígena da novela "Terra e Paixão", de Walcyr Carrasco.

Nada mais apropriado. Suyane é descendente de indígenas e, na trama, vive Iraê Guató. Especialista em ervas, a personagem vive em uma aldeia no arredores da cidade fictícia de Nova Primavera. Seus conflitos estão ligados ao preconceito, ao amor materno e ao feminismo.

Ela comemora não só o fato de fazer parte do elenco, mas principalmente a representatividade: "Isso é muito poderoso. Ter uma família, dialogando, falando da nossa cultura e da nossa vivência como qualquer outro núcleo de uma trama, é um avanço enorme. É como se nós atores, eu, Rafaela, Daniel Munduruku e Mapu Huni Kui, estivéssemos levantando realmente essa bandeira dos povos originários", diz.

Sobre sua personagem, ela conta que é uma mulher "de bom coração". Viúva e oprimida, Iraê terá embates com a filha adolescente [Yandara, interpretada pela novata Rafaela Cocal]. "Ela quer sair para mundo", conta a atriz.

Modelo de sucesso e ex-contratada da Ford Models, Suyane tem um detalhe interessante em seu currículo: ela inspirou a personagem Yara Flor, a Mulher-Maravilha brasileira, lançada em 2020 pela DC Comics. São várias vitórias e conquistas ao longo de seus 40 anos, mas ela garante: fácil não foi.

"Sofri preconceitos silenciosos, mas enfrentei todos. Nunca desisti. Nunca deixei acreditar que eu não tinha espaço ou que não chegaria a um lugar por ser indígena. A gente tem direito como qualquer outra pessoa e em qualquer área", afirma.

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