'Não voto em ninguém e seja o que Deus quiser', diz Humberto Martins, ex-bolsonarista
Em 'Travessia', ator evita falar sobre o assunto e diz que política é como religião: 'Não se discute, respeita'
No ar em "Travessia", Humberto Martins se orgulha de ser querido por boa parte do elenco e da produção da novela de Glória Perez, mesmo tendo se posicionado politicamente na direção contrária à da maioria de seus colegas de profissão.
"Nunca percebi nenhum olhar de reprovação nem mesmo que alguém tenha me tratado diferente pelo meu posicionamento político. Parto do princípio que política é igual a religião: não se discute, respeita. É isso", resume o intérprete do ambicioso empresário Guerra na trama das 21h.
Respeito é uma palavra frequente no vocabulário de Martins. Ele gosta de recorrer a ela para explicar, por exemplo, como se dão suas relações profissionais. "Desde que entrei na Globo, minha única casa em 34 anos, aprendi que o respeito é a base de tudo. Também trato com carinho meus companheiros e as pessoas que me cercam", diz o ator, que nesta terça-feira (18) fez um chamego virtual em Cássia Kis.
Humberto publicou um post em que elogia o talento e a parceria com a atriz, com quem contracena quase que diariamente na novela de Glória Perez (os dois são do mesmo núcleo). "Um presente ter essa grande atriz ao meu lado, sempre a admirei", escreveu.
Ao contrário do colega, Kis gosta bastante de falar sobre política e religião. Em suas redes, ela vem conclamando a população a rezar e recentemente falou sobre sua admiração por Bolsonaro ("Um homem de fé"). Ela também vem tentando angariar votos para o candidato do PL nos bastidores da Globo.
Falta convencer o ator: Martins afirmou ao F5 que, apesar de seu passado bolsonarista, desta vez vai votar nulo. "Não voto em ninguém e seja o que Deus quiser, sabe? Eu quero que seja bom para todo mundo".
Humberto conta que "agora que é pessoa jurídica" vem produzindo muito, buscando trabalhos. Ele não esconde uma certa mágoa por não ser mais funcionário da Globo. "De dois anos pra cá, trabalho por obras. Sinceramente, gostava de ser funcionário, achava bem mais tranquila a relação entre empregado e patrão. Acabou e agora é isso. Temos que estar abertos aos novos projetos e formatos".
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