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Televisão

Luciano Huck sobre 1 ano à frente do Domingão: 'É como jogar no Maracanã lotado'

Apresentador supera Faustão em audiência e lidera no dia mais disputado da TV brasileira

Luciano Huck Fabio Rocha/Globo

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São Paulo

Parece que foi ontem, especialmente para quem se acostumou durante 30 anos com Faustão, 72, entrando semanalmente em sua casa, sempre no mesmo dia. Mas foi no primeiro domingo de setembro passado que Luciano Huck, 50, fez sua estreia à frente do Domingão (Globo).

Oficialmente, o aniversário cai na segunda-feira (5), mas a emissora resolveu adiantar a celebração com um retrospecto de melhores momentos do primeiro ano do marido de Angélica, 48, à frente da atração. Foram 52 programas em que quadros clássicos, como Dança dos Famosos, foram se misturando a novidades, como a Batalha do Lip Sync.

"Confesso que, depois de mais de 20 anos apresentando um programa aos sábados, eu achei que pouca coisa pudesse me impressionar na televisão, mas agora entendi o que é jogar futebol no Maracanã lotado", compara o egresso do Caldeirão, agora comandado por Marcos Mion, 43. "Esse é o domingo do brasileiro em relação à TV Globo em termos de repercussão e responsabilidade."

De fato, o apresentador mantinha uma liderança confortável aos sábados, mas esse é um dia em que há menos investimentos da concorrência, logo menos competitivo. No domingo, a guerra de audiência já gerou conteúdos de gosto duvidoso, apelativos ou mesmo eticamente condenáveis (quem não se lembra do sushi erótico ou da falsa entrevista com o PCC?), então a coisa muda de figura.

A emissora precisou de paciência para superar a desconfiança inicial do público, que estava acostumado ao apelo popular do antecessor. Mas, aos poucos, Huck foi dando sua cara ao programa, especialmente nos quadros que já faziam parte de seu repertório, como Quem Quer Ser um Milionário?, Pequenos Gênios, The Wall e Visitando o Passado. Ele também trouxe de volta o bate-papo com o eliminada da semana do BBB, algo que Faustão havia abolido, mas que costuma gerar expectativa entre o público do reality.

O resultado veio em números, com momentos interessantes do ponto de vista de audiência, como na final do tradicional Dança dos Famosos, em que —fato raro— o programa superou o jogo do Campeonato Brasileiro exibido antes dele. O quadro, aliás, teve o melhor desempenho dos últimos 3 anos.

Tem sido relativamente comum o Domingão superar o ibope dos últimos dias com Faustão, que ficou na faixa dos 16 pontos de audiência (em 2021, cada ponto equivalia a mais de 205.377 indivíduos na Grande SP). São os mesmos 16 pontos que Luciano Huck entregou de média para a Globo, desde que estreou aos domingos até a semana passada.

Vale observar que, neste ano, cada ponto representa mais pessoas —205.755 pessoas sintonizadas em São Paulo, o maior mercado anunciante do país. Ou seja, a rigor, a plateia cresceu.

No PNT (Painel Nacional de Televisão), que considera as 15 maiores regiões metropolitanas do país, a média foi de 15 pontos (cada ponto correspondendo, nessa métrica, a 713.821 indivíduos). Além de 28% de share (participação no número de TVs ligadas).

A Globo também tem comemorado o fato de o programa ser a atração de variedades com maior engajamento digital. De um ano para cá, foram feitos 1,3 milhão de comentários sobre o programa nas redes sociais, com a hashtag #Domingão entrando 68 vezes nos trending topics mundiais no Twitter.

Isso vem se refletindo em crescimento do público jovem que assiste ao programa. Sem divulgar o número exato, a Globo diz que houve um aumento de 5 pontos percentuais no share dessa parcela da audiência na faixa horária.

"Tem sido muito prazeroso descobrir esse público do domingo, experimentando novos formatos e ideias, mas sem perder a atuação cidadã e a compreensão de que a TV aberta pode influenciar uma série de pautas no país, algo em que acredito", afirma o apresentador.

Para continuar fazendo isso, Huck quer manter o que funcionou e testar novos quadros, no que ele chama de uma mistura de "entretenimento, informação, inspiração e diversão". Nos próximos meses, porém, ele vai precisar exercitar o que talvez ainda seja seu calcanhar de Aquiles: o ao vivo.

Isso porque, ao contrário de Faustão, a maioria de seus programas ainda é gravado. "Neste ano, tanto na Copa do Mundo quanto nas Eleições, estaremos ao vivo, embarcados com o esporte e o jornalismo da Globo para estarmos 'quentes' em momentos em que o país vai estar conectado em busca de informação", adianta o apresentador sobre seus próximos passos.

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