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Assédio a jornalistas: Relembre casos de repórteres beijados ou apalpados

Homem que beijou Jéssica Dias, da ESPN, no ar foi preso no Rio de Janeiro

Torcedor do Flamengo beija repórter Jéssica Dias, a ESPN
Torcedor do Flamengo beija repórter Jéssica Dias, da ESPN - Reprodução
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São Paulo

Aconteceu mais uma vez. A repórter Jéssica Dias, do canal pago ESPN, foi assediada nesta quarta-feira (7), por um torcedor do Flamengo durante transmissão ao vivo antes da partida da semifinal da Copa Libertadores, no Maracanã, Rio de Janeiro. O ato criminoso levou à prisão do assediador, mas nem sempre esse foi o desfecho.

Enquanto alguns casos provocaram indignação e pedidos de desculpas outros já foram encarados como brincadeira, caso do beijo dado em Pedro Bassan na Copa da Rússia, em 2018, e até minimizados pelo jornalista, como o que aconteceu com Sabina Simonato, beijada em duas ocasiões durante a Copa do Brasil, em 2014.

"Que situação! Não foi nada que a gente tenha provocado. Foi uma brincadeira que aconteceu de forma espontânea, uma coisa boba que repercutiu. O negócio é focar a Copa do Mundo para sair tudo perfeito", afirmou a repórter da Globo após ser beijada por torcedor croata e depois por um português em transmissões ao vivo.

Em 2018, foi a repórter Bruna Dealtry, do canal Esporte Interativo, que passou por situação parecida no estádio São Januário, no Rio de Janeiro. Um torcedor a beijou sem seu consentimento e deu as costas para a câmera, rindo. Dealtry seguiu trabalhando após breve comentário: "Isso não precisava, né? Não foi legal".

"Senti na pele a sensação de impotência que muitas mulheres sentem em estádios, metrôs, ou até mesmo andando pelas ruas. Um beijo na boca, sem a minha permissão, enquanto eu exercia a minha profissão", afirmou ela na ocasião. "Sou repórter de futebol, sou mulher e mereço ser respeitada."

O homem, que se apresentou como Júnior, gravou um vídeo de retratação e com pedido de desculpas à repórter e sua família. "Eu não sou isso que você está imaginando, Bruna. Eu estou totalmente errado, totalmente envergonhado. Eu não queria fazer aquilo, mas eu bebi e fiz, estou todo errado. Acho que você está 100% na razão de reclamar", disse.

Também em 2018, a repórter Maria Fernanda Mora fazia uma transmissão para a Fox Sports mexicana, cercada de torcedores, quando deu um empurrão no homem que estava atrás dela. "Me apalparam várias vezes enquanto eu estava ao vivo", afirmou na ocasião. "É inaceitável que os torcedores do Chivas se comportem desta maneira", comentou o jornalista que estava no estúdio.

No ano seguinte, a repórter do Fox Sports Karine Alves também foi vítima de assédio ao cobrir um jogo entre Flamengo e Fluminense, no Maracanã. "Ninguém tem o direito de desrespeitar uma pessoa ou alguém durante o trabalho. Seja forçando um contato físico, como um beijo ou abraço, quando não há consentimento. O nome correto para isso é importunação sexual", afirmou ela.

Houve também jornalista homem vítima do mesmo tipo de assédio. Pedro Bassan, da Globo, estava em uma transmissão ao vivo do lado de fora do estádio Luzhniki, durante a Copa da Rússia, quando foi beijado no rosto. Bassan encarou como uma brincadeira e, no estúdio, o narrador Milton Leite brincou e disse que o repórter "está fazendo sucesso".

O caso mais grave e de maior repercussão, no entanto, aconteceu longe do futebol. Em 2016, o cantor Biel foi acusado de assédio pela jornalista Giulia Pereira, do IG na época, durante uma entrevista. O artista chegou a chamar a repórter de "gostosinha" e disse que a "quebraria no meio". O caso foi encerrado com um acordo entre as partes.

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