'Gênesis': Juliano Laham diz que personagem lhe permitiu transformar vidas
Trama bíblica da Record termina nesta segunda com audiência em alta
Trama bíblica da Record termina nesta segunda com audiência em alta
Quando aceitou o convite para interpretar seu primeiro protagonista na TV, o ator Juliano Laham, 28, não fazia ideia da responsabilidade que seria viver José em "Gênesis", trama bíblica da Record. Porém, bastaram os primeiros ensaios para perceber que tinha em mãos o maior papel de sua carreira.
"Grande oportunidade e presente. Viver um papel dessa importância é uma responsabilidade grande. Mas hoje vejo que através dele pude transformar e impactar a vida das pessoas. É ótimo quando atingimos esse nível", comenta o ator.
Segundo ele, muito disso se dá pelo fato de José do Egito, o homem que após ser vendido como escravo pelos irmãos se torna líder e exemplo da região, causar identificação imediata com o público. Ao longo da sétima e última fase da história de Camilo Pellegrini, Raphaela Castro e Stephanie Ribeiro, o personagem mostrou superação e fé mesmo nos momentos mais difíceis.
"A mensagem que ele passa é que nunca se deve perder a crença em Deus e que precisamos entender que tudo acontece no tempo dele. O que José prega se encaixa perfeitamente aos dias de hoje. O público pode enxergar nele a persistência e a consagração após a dor", explica.
"Gênesis" terá seu último capítulo na noite da próxima segunda-feira (22). Desde janeiro no ar, a superprodução acumulou números satisfatórios. Foram mais de 25 mil peças de figurino produzidas, gravações feitas em quatro estados e no Marrocos, 66 cenários e estúdios que contemplam quase 100 ambientes diferentes, 16 construções externas, oito cidades cenográficas e mais de 250 atores, 8.500 figurantes e 1.040 dublês.
Na visão de Laham, o balanço é extremamente positivo tanto para dele quanto para todo o elenco. "Saímos de cena com o sentimento de gratidão. Encerro um ciclo de forma positiva, entreguei meu propósito e pude ver esse sucesso com as pessoas se identificando e embarcando nas histórias. Se a narrativa atingiu tanta gente é pela união de todos em prol de levar uma mensagem de fé e esperança."
E por mais que tenha conseguido tudo isso, Laham conta que não foi fácil. Ele encontrou muitos desafios ao longo do caminho e diz ter se cobrado muito.
"Queria impactar a vida das pessoas. Foi, sem dúvida, uma grande pressão por ser protagonista, por ser um remake, já que o Angelo Paes Leme já havia interpretado José em ‘José do Egito’ [2013]. O Juliano de hoje é um cara bem mais maduro", define.
Além disso, Laham ainda teve dificuldades para encontrar a melhor composição corporal de José, já que, na história, o personagem envelhece. Também diz ter saído de sua zona de conforto por ter de cantar. "Vivenciei nitidamente as dores do José. Levo uma bagagem comigo e um leque de novas possibilidades", completa.
Para o ator Fernando Pavão, que na última fase de "Gênesis" interpreta o faraó Sheshi, o que ficará de balanço dessa superprodução será a experiência que o personagem acarretará em futuros projetos.
"A gente sempre leva algo. A possibilidade de lidar com personagens tão diferentes e com o pouco tempo para nos apropriarmos dele é a coisa mais legal em TV. Em termos de profundidade, vamos além. São fatos que quando dominamos, levamos para a vida e todos os trabalhos ficam mais confortáveis", destaca.
"Gosto muito de trabalhar com parte histórica. O Egito foi um povo fantástico e à frente do tempo. Foi uma composição bacana com muita química entre o elenco", completa.
A superprodução "Gênesis" encerra um ciclo na Record com audiência entre 13 e 14 pontos na Grande SP (cada ponto equivale a cerca de 76 mil domicílios). A marca é bastante expressiva e por vezes se tornou o maior ibope de toda a emissora.
A trama foi esticada para mais de 210 episódios por conta da boa audiência. A emissora ainda não confirmou qual projeto será exibido até janeiro, quando estreia a novela "Reis".
Para o especialista em TV Dirceu Lemos, o bom resultado no ibope de "Gênesis", somado à facilidade nas vendas internacionais, levou a emissora a investir nas novelas épicas de maior duração. Na visão do especialista, o gênero se consolidou com "Os Dez Mandamentos", que alcançou enorme audiência, com média de 19 pontos, chegando a bater a novela das nove da Globo.
"Prevista inicialmente com 150 capítulos, ‘Gênesis’ foi esticada. No caso das telenovelas, quanto mais longa, maior é o lucro, pois os custos iniciais de produção (figurinos, cenários etc.) ficarão diluídos em um número maior de capítulos", explica.
Para ele, entre os pontos positivos, a novela investiu em efeitos especiais para garantir boas imagens como do éden, da construção da Torre de Babel e do dilúvio. O figurino, as locações e os cenários também são destaque pela qualidade.
Porém, na avaliação de Lemos, mesmo com uma produção caprichada e de um robusto investimento em efeitos, a direção de elenco da novela acabou caindo num erro recorrente.
"O fenótipo dos atores foi totalmente fora dos padrões dos habitantes do norte da África e do Oriente Médio. Grande parte é branca, de olhos claros e com corpos malhados de academia. Essas características de ‘branquitude’ poderiam ter sido adequadas à ambientação da história", explica.
Para o especialista em teledramaturgia Claudino Mayer, os pontos negativos são a trilha sonora e o fato de algumas situações em alguns núcleos da novela não serem críveis por causa de gírias nos diálogos.
"Já pelo lado bom, percebo que os efeitos especiais fazem o público se emocionar. E quando os autores fazem menções de passagens bíblicas, a página é citada."
Thiago Stivaletti: Foto de Fernanda Torres mostra que o brasileiro não tem maturidade pro Oscar
Marido de Sasha se apresenta como nepo genro para divulgar álbum
Outro Canal: BBB 25: Globo fecha com 19 marcas e reality já fatura pelo menos R$ 650 milhões
Outro Canal: Após 13 temporadas, novela bíblica 'Reis' vai acabar em 2025 na Record
Comentários
Ver todos os comentários