Deborah Secco diz que fazer 'Salve-se' é como escrever a história da TV
Atriz afirma que Alexia tem finais com Renzo e Zezinho gravados
Atriz afirma que Alexia tem finais com Renzo e Zezinho gravados
Deborah Secco, 41, tem dificuldades para expressar como foi filmar a parte final de "Salve-se Quem Puder", única novela inédita no ar na Globo e que chega ao fim no próximo dia 16. "As gravações foram... não sei muito bem com que palavra definir, porque elas foram muito difíceis por conta do protocolo [contra a Covid], mas isso também tornou o processo muito especial", diz a atriz.
"Eu me sinto como se a gente estivesse escrevendo parte da história. Em algum dia, alguém vai falar: 'Lembra daquela novela que foi gravada no meio da pandemia, dando beijo no acrílico?'. Foi uma mistura de sensações", afirma Deborah, em conversa com o F5.
Interrompida em março de 2020 por conta do novo coronavírus, "Salve-se Quem Puder" foi toda filmada no segundo semestre do ano passado e voltou ao ar em 22 de março deste ano.
Diferentemente de "Amor de Mãe", também gravada sob os protocolos de segurança da Globo, a novela escrita por Daniel Ortiz não incluiu a pandemia na história. Ou seja, pessoas de máscaras não poderiam aparecer em cena, o que exigia cuidados extras nas filmagens. Além disso, foram utilizados recursos como o famoso beijo no acrílico, desafio para os atores.
Outra grande mudança é que a trama já voltou ao ar toda filmada. Mas, para garantir alguma surpresa aos telespectadores, diferentes opções de finais foram gravadas. Alexia, papel de Deborah, pode, por exemplo, terminar com Renzo (Rafael Cardoso) ou com Zezinho (João Baldasserini). "Acho que só no dia [último capítulo] o Daniel vai definir."
"É muito especial, muito diferente ver a novela depois, com tudo já pronto, mas ainda com um final indefinido", diz a atriz. Para ela, tem sido divertir acompanhar a repercussão da trama pelas redes sociais. "Me divirto demais", completa.
Na etapa final da história, Alexia e as outras duas protagonistas, Kyra (Vitória Strada) e Luna (Juliana Paiva), deixam de ser vítimas na história e passam a atuar para conseguir recuperar a liberdade de ser quem são —no início da trama, ao presenciarem um juiz sendo assassinado, elas entram no Programa de Proteção de Testemunhas e são obrigadas a mudar de identidade.
Agora, elas vão atrás dos verdadeiros criminosos. Para isso, usam diversos disfarces e se envolvem em muitas confusões e trapalhadas em uma clara referência a 'As Panteras", série clássica americana do fim da década de 1970 que deu origem a filmes e remakes.
"['As Panteras'] foram total a inspiração. A gente tem aqui o nosso grupo Charlie's Angels [nome original da série em inglês]", relata.
Há outro motivo para "Salve-se Quem Puder" ser tão especial para Deborah. Maria Flor, 5, filha da atriz e do ator Hugo Moura, fez a sua estreia em novelas na trama. "Foi ela que se convidou", conta.
"Eu estava fazendo um Stories [no Instagram] falando da novela, e ela disse: 'Mamãe, quero participar'. Eu falei: 'Ó filha, pede para o tio Daniel [Ortiz]'. Ela pediu, marquei o Daniel, e ele topou." Deborah conta que ficou apreensiva até o dia da gravação, com medo que a menina pudesse desistir.
"No dia, fiquei um pouco nervosa, porque estava em cena também. Estava ali como atriz e como mãe, me dividindo e um pouco ansiosa. Não sabia se ela queria mesmo fazer ou se na hora ia dar algo ruim. E eu não gosto de forçá-la a nada, então, eu ia ficar numa situação delicada. Mas foi tudo incrível", afirma.
O momento foi ao ar no último dia 25 de junho. Maria Flor apareceu como uma criança que está em tratamento no hospital infantil que Renzo e Alexia/Josimara visitam. A menina chega na sala de brinquedos e interage com eles.
Deborah relata que a filha amou assistir à cena. "Viu mais de dez vezes", diz. Perguntada pelos pais se quer participar de outras novelas, Maria flor respondeu que "só com a mamãe". 'Por enquanto, a vontade dela é de estar mais perto da mamãe, do trabalho da mamãe do que de ser atriz", afirma.
Deborah, que começou a carreira na infância, diz não se opor se esse foi o desejo da menina. "Para mim [trabalhar na infância], foi uma experiência superpositiva, mas a gente sabe que essa não é uma realidade para todos, é uma carreira bem difícil", comenta.
"Eu não vou incentivar nem desincentivar, vou estar aqui pronta para apoiá-la no que ela escolher da vida, seja lá o que for. Da coisa mais simples à mais difícil, eu vou estar sempre aqui para apoiar as escolhas dela. Mas essa é uma decisão dela", reforça.
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