Di Ferrero, Paulo Miklos e outros artistas revelam atitudes machistas que já tiveram
MTV Brasil lança nova fase de campanha contra desigualdade de gênero nesta quinta (3)
Em parceria com a Plan International, a MTV Brasil anuncia nesta quinta-feira (3) a nova fase da campanha "Para e Pensa - A Desigualdade de Gênero Também é Problema Seu", com depoimentos de famosos sobre suas atitudes machistas.
Os músicos Paulo Miklos, 61, e Di Ferrero, 35, são um dos convidados que estão presentes na novidade nomeada "Eu Assumo", onde eles compartilham confissões sinceras sobre comportamentos sexistas que já tiveram no passado. Os depoimentos serão exibidos na TV e nas redes sociais da MTV.
“Eu era machista pra caramba e não percebia. Eu falava a real para não iludir. Dizia: não vou ficar junto, só estou curtindo... E a menina me perguntou: porque você está falando isso? Você acha que eu quero ficar junto? Na hora, mudou uma chavinha na minha cabeça”, conta Di Ferrero, que ficou conhecido com a banda NX Zero.
Já Miklos falou sobre atitudes antimachistas que deseja fazer daqui pra frente. “Romper a maneira de fazer sempre as mesmas coisas. Aquilo de estar sempre entre os homens, com os brothers. É justamente o que leva a essa situação de exclusão”, afirma.
Entre os convidados também estão os influenciadores digitais Fred Desimpedidos, Caue Moura, Rômulo Delgado (Homem em Construção) e Rafa Vieira (De Férias Com o Ex Brasil).
O YouTuber Caue Moura diz ter toda certeza de que já reproduziu injustiças e falou "muita merda". "Todos os meus vídeos de 2014 para trás, eu tirei do ar pra não ter que filtrar tanta coisa –porque eu sabia que era coisa demais. E eu parei de divulgar esse passado, parei de passar para frente”, conta.
Rafa Vieira, que recentemente participou da 6ª e última temporada do reality De Férias com Ex, disse tem procurado evoluir bastante quando diz respeito a preconceitos. Ele foi o primeiro homossexual assumido a participar do programa de pegação da MTV.
"Já disse frases que, se eu me escutasse hoje em dia, seria o primeiro a me repreender. Por exemplo, ‘nada contra, eu só não curto afeminado’. A mesma coisa em relação à transfobia. Já fui transfóbico no passado, antes de ampliar minhas visões", assume.
VIOLÊNCIA E DESIGUALDADE
Enquanto o isolamento social segue devido à pandemia da Covid-19, os números de violência doméstica continua aumentando. Segundo dados levantados pela Plan International, a América Latina possui os maiores índices de violência de gênero do mundo.
Ainda de acordo com a ONG, que faz parceria com a emissora, até o momento, 743 milhões de meninas estão sem acesso à educação. Tal cenário reduz a oportunidade de desenvolvimento e contribui com o aumento da disparidade de gênero no futuro.
Confira todos os depoimentos da campanha "Para e Pensa - A Desigualdade de Gênero Também é Problema Seu" através das redes sociais da MTV Brasil.
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