Repórter é ameaçado de morte por supostos criminosos em transmissão ao vivo
Jornalista narrava ação policial em Vitória (ES) durante edição do Cidade Alerta
Uma equipe da Record TV no Espírito Santo foi ameaçada por supostos criminosos enquanto fazia uma entrada ao vivo no Cidade Alerta na noite desta quinta-feira (30).
O repórter falava da capital Vitória, num bairro que havia sido palco de confronto entre bandidos e policiais horas antes —foram apreendidas drogas e munições. Enquanto o repórter começava a relatar a ação policial para o apresentador, um carro em alta velocidade encostou ao lado dele.
Eles disseram que iriam “matar todo mundo” e ordenaram que a equipe desligasse a câmera. O repórter, muito nervoso, disse que eles iriam desligar e, então, a transmissão foi interrompida.
Nesta sexta-feira, os repórteres da afiliada da Record TV surgiram nos telejornais vestidos de branco, em protesto.
No dia 6 de maio, a mesma emissora foi alvo de ataques de bandidos enquanto cobria uma operação policial também em Vitória. Criminosos atearam fogo no carro de reportagem. Tudo também foi mostrado ao vivo durante uma edição do Balanço Geral.
Em comunicado, a emissora disse que os profissionais - repórter e cinegrafista - estão bem e que as devidas providências já estão sendo tomadas.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Espírito Santo (Sindijornalistas) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) disseram tratar-se de mais um ataque inadmissível ao trabalho da imprensa por grupos armados que ocupam comunidades.
“Nossas entidades exigem do governo do Estado segurança de trabalho para os jornalistas e também para os moradores dessas regiões. É inaceitável que este tipo de ocorrência tenham se tornado uma prática, visto que recentemente um veículo da mesma emissora foi incendiado na mesma região”, diz o comunicado.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública disse que o setor de inteligência já iniciou o levantamento das informações para auxiliar na investigação para identificar suspeitos, que se aproveitaram da presença policial concentrada na parte alta do morro, para cometer o crime nas vias de acesso.
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