Museu Mais Doce do Mundo chega a São Paulo com piscina de marshmallow e donuts gigante
Exposição começa em 20 de junho e, depois, vai para o Rio de Janeiro
Não é fácil a vida da geração Z e seus smartphones afoitos por likes em visitas a museus. Uma selfie com o "Abaporu", de Tarsila do Amaral no Masp (Museu de Arte de São Paulo), não é das tarefas mais fáceis, por exemplo. O que dizer, então, da restrição dos flashes em outros espaços da cidade.
Pensando justamente no lifestyle “instagrammer” do brasileiro e se distanciando dessa aura sóbria, o Museu Mais Doce do Mundo chega pela primeira vez ao Brasil no dia 20 de junho dando ao espectador justamente o contrário: clique à vontade, poste o quanto quiser e deixe seu feed tão doce quanto os espaços.
Depois de três meses em Lisboa (Portugal), sob a alcunha de "The Sweet Art Museum", o museu será montado em uma casa de dois andares no Jardim América, na zona oeste de São Paulo. A exposição fica na cidade até o dia 18 de agosto quando vai, em setembro, para o Rio de Janeiro. São 15 salas, sendo algumas inéditas em relação ao que foi visto na Europa, no qual o público terá um roteiro com duração de uma hora. Uma das instalações é dedicada a doces tradicionais no Brasil, como o brigadeiro e o quindim.
Diretora da empresa que traz o projeto para o Brasil, Luzia Canepa adianta à Folha que o público pode esperar por degustação de doces, um espaço de realidade virtual que ajudará a contar a história de uma guloseima de origem paulista e até uma gangorra de brigadeiros.
"Um dos espaços é dedicado ao quindim, que, apesar de ter nascido em Portugal, veio ao Brasil com a adaptação das amêndoas pelo coco. Batizado de Planeta Quindim, será uma sala com um quê de especial, e, também, terá um jogo de realidade virtual", conta Canepa.
Espaço mais disputado durante a turnê portuguesa do museu, a piscina de marshmallows vai estar na edição brasileira. “É onde os visitantes têm dedicado mais tempo da visita, porque todos querem entrar nela para fazer muitas poses e, claro, fotos para as redes sociais”, diz a diretora. "Sob a premissa de ser um museu interativo, vamos ter um espaço de cookies, diferente do de Portugal, e outro de gelatos, esse mais parecido com o da Europa. Isso sem falar nos donuts gigantes", completa.
Carla Santos, idealizadora do Museu Mais Doce do Mundo, reforça que a turnê brasileira possui o mesmo slogan da europeia: “Diga sim à felicidade!”. "Todas as salas remetem à infância, mas os adultos vão perceber rapidamente que não é um museu só para crianças. A ideia é que as pessoas sintam os cheiros, se encantem pelas cores, e toquem muito. É um museu sensorial."
Segundo ela, a cada ingresso vendido o museu doará R$ 0,50 para a instituição Renovatio, com sede no Jardim Paulista, que ajuda crianças e adolescentes a enxergar melhor o mundo, promovendo exames de vista e doação de óculos de grau. A ideia é que, com a doação, sejam atendidas pelo menos 400 pessoas.
“E vamos trazer a grafiteira mineira Maria Raquel Bolinho, que grafita cupcakes por Belo Horizonte e fará duas paredes do museu”, adianta. Mais um motivo, portanto, para atualizar o Instagram. As hashtags já foram escolhidas, bom avisar: #digasimafelicidade e #omuseumaisdocedomundo.
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