Televisão

Regina Volpato abre o jogo, celebra primeiro ano no Mulheres e diz querer 'fazer história'

Apresentadora comemora as novas conquistas e projeta muitas outras

A apresentadora Regina Volpato no comando do Mulheres
A apresentadora Regina Volpato no comando do Mulheres - Divulgação
 
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São Paulo

A apresentadora Regina Volpato, 51, completou recentemente um ano à frente do Mulheres, da TV Gazeta. Feliz com a repercussão da atração, a jornalista vai, gradativamente, dando a sua cara para o tradicional vespertino, que já está no ar há quase 40 anos.

Em dezembro de 2017, Regina chegou para cobrir um mês de férias da então comandante Cátia Fonseca. Com seu bom trabalho, força de vontade e uma pitada de sorte, se firmou como apresentadora fixa do programa depois que Cátia deixou a emissora e partiu para um novo projeto na Band.

O Mulheres sob o novo comando costuma dar média de audiência de um ponto e chega a dar picos de dois pontos de Ibope, de acordo com dados da Kantar (cada ponto equivale a cerca de 72 mil domicílios na Grande SP). O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 15h às 18h. Junto a Regina estão Fefito, Tutu e Tia, colaboradores com comentários do mundo dos famosos e TV, e a repórter Pâmela.

Porém, mesmo com boa repercussão e carinho do público, Regina não se acomoda e diz querer mais. Em bate-papo com o F5, a apresentadora fala sobre a resistência de parte do público quando ela começou, de família, dos sonhos que ainda tem e da vontade de fazer história.

Regina Volpato à frente do programa da Gazeta Mulheres
Regina Volpato à frente do programa da Gazeta Mulheres - Vitor Zocarato/Divulgação

PRIMEIRO ANO
Completei recentemente um ano, em janeiro. Esse tempo foi muito legal, me surpreendi muito, mas a tendência é sempre olhar para frente. Tenho amigos que falam que eu não curto o momento. Eu curto, mas já aconteceu. Meu desafio é o amanhã, é o próximo programa. A atração é um sucesso comercial, tem audiência satisfatória. Minha obrigação é fazer o melhor em 2019. Não consigo relaxar se está tudo indo bem. O que preciso é continuar fazendo história. 

 

MERCHANDISING
Era um desafio no começo, eu não tenho a escola do ‘merchan’. Existe uma técnica, uma entonação, um trabalho de vendas. Contei com o apoio da emissora para começar a fazer, tive aulas. Me sinto vitoriosa por hoje saber vender. Mas sempre pode melhorar.

 

PROGRAMA COM SUA CARA
Não saberia dizer [se já tem a minha cara]. Sempre vejo que os programas têm a marca do apresentador. Quando a Ana Maria Braga não está [no Mais Você, da Globo] e é substituída, é o mesmo programa, mas com cara nova. O comandante usa sua personalidade. Não sei se o ‘Mulheres’ tem minha cara, ouço dizer que sim, mas não sei porque não assisto, tenho dificuldade.

 

MONTAGEM DA ATRAÇÃO
As pautas são discutidas e sugeridas por todos em equipe. Fizemos um programa de marchinhas de Carnaval e eu fiz uma lista de marchinhas que não podiam entrar. Tem coisas que cantávamos há 20 anos, mas nossa sociedade mudou. Não dá para cantar nem mais o ‘Atirei o pau no gato’. Talvez as pessoas enxerguem a minha personalidade na atração por conta desses detalhes. Não se pode mais brincar com sexualidade, cabelo, forma física, cor. Não tem graça. Não quero constrangimento, quero sempre uma tarde agradável.

 

FAZER HISTÓRIA
Não penso em sair daqui. Estou feliz, vim para cá para deixar meu nome. Quero deixar saudades. E isso aconteceu em toda a minha carreira. Gosto de sair e deixar aquela coisa: ‘poxa, que legal que era quando a Regina estava’. Essa é a minha vaidade. Vou ficar aqui na emissora até quando me quiserem, mas quero sair e deixar saudades.

 

ELENCO
Faço questão de me dar bem com todos que estiverem à minha volta, às vezes só profissionalmente, às vezes dentro e fora do ar. Dizem que tem aquele ditado: ‘eu não vim para fazer amigos’. Pois eu vim, sim. Se pode trabalhar e ser amigo, melhor quando isso acontece, não é? Se não for possível, que seja uma relação honesta e dê resultado.

 

NOVIDADES
Tenho orgulho de um tema que abordamos este ano que foi a leitura. Algumas pessoas ficaram entusiasmadas, outras acharam que não daria audiência falar desse assunto. E foi o pico de ibope naquele dia. Quero fazer um quadro sobre isso [o quadro já está no ar e aparece a cada 15 dias].

 

MOMENTO DA CARREIRA
Sou uma pessoa que não teve muitas oportunidades na vida, mas as que apareceram não deixei escapar. Sempre foi assim: não tem ninguém, põe a Regina. Precisavam de alguém para ficar um mês, não poderia ser ninguém empregado. E me chamavam. Estava fora do ar, sabiam que eu não daria dor de cabeça, que eu saberia fazer. A substituta [no ‘Mulheres’] acabou tendo um filho. Abriu um buraco e eu fiquei. E foi sempre assim. Cheguei por acaso num clássico da TV. É muito emblemático estar aqui nessa altura da minha vida em um programa chamado ‘Mulheres’ neste momento da sociedade. Para mim, faz o maior sentido neste momento.

 

DESCONFIANÇA PÓS-CÁTIA

Tinha desconfiança, eu estava fora da TV, no YouTube, muitas pessoas nunca tinham me visto. É igual a uma atriz que sempre faz vilã e começa a fazer a mocinha. Causa um estranhamento. Saí do Casos de Família [SBT] em 2009 e da RedeTV! em 2013 [Se Liga Brasil]. A Cátia apresentou brilhantemente por 15 anos. É a professora titular dando lugar à substituta. Normal a desconfiança. Eu encarei o desafio, sou competitiva. Cheguei aqui desafiando todos os padrões, todos os discursos machistas.

 

CHEGADA AOS 50 ANOS
Sempre acho que estou na melhor fase da vida. Aos 51, estou achando o máximo olhar para trás e ver uma história. Olho e vejo tudo o que fiz, os amigos e também os inimigos, que me orgulho de ter feito, pois tem gente que temos que ter como inimiga. Fazer o exercício de olhar para a menina na faculdade, em 1986, que queria ser exatamente o que eu sou hoje. Me orgulha estar numa equipe que me respeita, em ser uma apresentadora mais conhecida como uma jornalista do que como uma artista. Legal envelhecer.

 

PRÓXIMOS SONHOS
Sou modesta, não tenho sonhos materiais, achava que nunca iria conhecer a Europa e conheci. O que mais eu posso querer é ver minha filha [Rafaela, de 21 anos] viver em um país menos violento em que as pessoas se respeitem.

 
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