Instituto Smithsonian, ligado à primeira foto de um buraco negro, lança canal de TV no Brasil
Novidade é parceria com Grupo Bandeirantes e chega 26 de abril
Histórias, viagens, exploração espacial, ciência, natureza e cultura pop. Os fãs desses temas podem comemorar, pois está para chegar um novo canal da TV por assinatura que abrangerá todos eles.
O Smithsonian Channel, lançado nos Estados Unidos em 2007, abre seu sinal no Brasil no dia 26 de abril, dando continuação ao seu plano de expansão internacional – em fevereiro, depois de chegar ao Canadá, Cingapura e América Latina, o canal foi lançado no Reino Unido e Irlanda. Já está presente em 37 países e territórios.
“O crescimento internacional tem sido fantástico. Em fevereiro desse ano chegamos a 20 milhões de lares no Reino Unido”, comemora David Royle, vice-presidente executivo de programação da Smithsonian Networks. “Eu sonho com isso há muitos anos.”
No Brasil, o Smithsonian chega em parceria com o Grupo Bandeirantes de Comunicação e, a princípio, estará disponível aos assinantes da Net, pelo canal 590. Também é negociado para que funcione “on-demand” no Net Now.
“Trazer um conteúdo relevante ao Brasil faz parte da nossa missão”, diz Paulo Saad, vice-presidente do Grupo Bandeirantes. “Na semana passada foi divulgada mundialmente a fotografia e vídeo do famoso buraco negro, que pela primeira vez foi observado da Terra, e essa descoberta foi pesquisada e financiada pelo Instituto Smithsonion, junto com a Universidade de Harvard. [...] Isso quer dizer que logo mais teremos a história da descoberta da imagem desse fenômeno retratada no canal.”
A programação contará com atrações exibidas no canal nos EUA – como “Mummies Alive”, que atravessa continentes para narrar histórias de múmias enigmáticas – e produções nacionais em uma faixa horária exclusiva, como “Geografia da Arte”, que tratará da relação entre artistas e os lugares que os inspiram.
“A grade de programação do Smithsonion Brasil segue um padrão de gosto brasileiro e ao nosso costume de programação”, explica Saad. “O canal é de não ficção, e alia fatos reais ao entretenimento. Não é só documentário. Essa é uma das grandes qualidades do conteúdo do Smithsonion”.
"Epic Yellowstone", que trata da vida selvagem e de mudanças climáticas extremas em um dos maiores parques nacionais do mundo; e "America's Secret Space Heroes", que explora algumas das maiores conquistas espaciais, nas palavras dos próprios engenheiros da Nasa, e histórias não contadas por eles, também são séries confirmadas no catálogo.
“São documentários feitos com base científica, com muito estudo por trás. É um novo olhar que estamos trazendo para a televisão”, diz Mônica Monteiro, a diretora executiva do núcleo de Pay-TV do Grupo Bandeirantes, que está há 15 dias na casa. “É um canal da família. A gente tem muito para mostrar”.
Saad complementa: “Nosso público-alvo é o público inteligente. [...] O público brasileiro não é intelectualmente selecionado por classe social, ele é interessado em obter conhecimento. [O canal] interessa aos jovens por ter um espírito de aventura e de pesquisa.”
De programação premiada com o Emmy, o canal é ligado ao Smithsonian Institute, uma instituição que reúne centros de pesquisa e museus mundialmente famosos, como o Museu Nacional do Ar e Espaço
e o Museu Nacional de História Natural, ambos em Washington DC (EUA).
“O Smithsonian tem uma linha e estamos aprendendo junto com ele [...] Estamos estudando muito o jeito de fazer. É um canal segmentado, tem aviação, história natural… E é importante estarmos nos adequando”, diz Monteiro.
Os primeiros cinco dias do canal (26 a 30 de abril) terão grade especial de estreia, e a partir de 1º de maio, os horários se estruturam para receber, em cada noite, um programa temático: programas sobre natureza serão apresentados nas noites de segunda-feira, seguidos de ciência (às terças), aviação e exploração espacial (quartas), cultura pop (quintas), história (sextas) e museus (sábados).
Aos domingos, acontecem as estreias de séries especiais, sendo “Million Dollar American Princesses” a primeira delas. A produção irá narrar histórias verídicas dos bastidores das uniões de herdeiras americanas com nobres britânicos entre os séculos 19 e 20, como o caso da bisavó da princesa Diana.
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