'O Sétimo Guardião', de Aguinaldo Silva, fará referências as fictícias Tubiacanga e Greenville
Serro Azul, citada em 'A Indomada', será palco de nova novela do autor
Mil novecentos e noventa e três. Bem-vindo a Tubiacanga, cidade fictícia de “Fera Ferida”, onde coisas mágicas acontecem. O coveiro Orestes (Claúdio Marzo, 1940-2015) fala com os mortos.
A jovem Camila (Cláudia Ohana) dorme por vários meses seguidos. O alquimista Raimundo Flamel (Edson Celulari) transforma em ouro tudo o que toca, inclusive a amada, Linda Inês (Giulia Gam). E Serro Azul é a cidade vizinha.
Agora, o ano é 1997. E, em Greenville, vilarejo de “A Indomada”, os moradores falam português e inglês, já que o lugar, embora localizado no Nordeste, teve colonização britânica.
Expressões como ‘Oxente, my God’ e ‘Well’ estão na boca dos personagens. Situações surreais também acontecem por lá. O misterioso Cadeirudo ataca mulheres em noites de lua cheia. O delegado Motinha (José de Abreu) cai em um buraco e vai parar no Japão. E Serro Azul é o município vizinho mais próximo.
Corta para 2018. A novela da vez é “O Sétimo Guardião”, e o público poderá conhecer a famosa Serro Azul, citada nas tramas anteriores. Assim como em “Fera Ferida” e “A Indomada”, todas de Aguinaldo Silva, o realismo fantástico, gênero literário latino-americano, inspira enredo e personagens. Um dos destaques é o gato preto Léon. A novela está programada para ir ao ar na Globo em novembro.
Segundo Silva, apostar no universo mágico é a única saída para o momento do país. “Chegou a hora de a gente disparar a imaginação novamente”, diz.
Algumas personalidades do mundo real, no entanto, parecem saídas da ficção de Silva. Bem que a megera Altiva (Eva Wilma), guardiã da moral e dos bons costumes, avisava no final de “A Indomada”: “I will be back” (Eu vou voltar). Será que volta?
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