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Feminista, 'Orgulho e Paixão' termina com finais que põem a mulher em lugar de destaque

A trama das 18h de Marcos Bernstein termina nesta segunda

Irmãs Benedito, no centro Cecilia (Anaju Dorigon), cercada por Elisabeta (Nathalia Dill), Mariana (Chandelly Braz), Lídia (Bruna Griphao) e Jane (Pamela Tomé)
Irmãs Benedito, no centro Cecilia (Anaju Dorigon), cercada por Elisabeta (Nathalia Dill), Mariana (Chandelly Braz), Lídia (Bruna Griphao) e Jane (Pamela Tomé) - Raquel Cunha/Globo
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Cris Veronez
Rio de Janeiro

Doçura, leveza e comédia deram o tom da novela “Orgulho e Paixão”, que termina nesta segunda (24) na faixa das seis da Globo. A trama de Marcos Bernstein, que teve média nacional de 23 pontos de audiência, dará lugar a "Espelho da Vida", de Elizabeth Jhin.

Com média de 21 pontos na Grande São Paulo, cada ponto do Kantar Ibope equivale a 71.855 domicílios), a novela obteve dois pontos a menos do que sua antecessora "Tempo de Amar". Já no Rio, a trama de Bernstein termina com um ponto a mais, isto é, média de 26 pontos –cada ponto corresponde a 118.472 espectadores.

Seu recorde em São Paulo foi em março, quando obteve 31 pontos ao exibir, em sua fase inicial, os personagens do Vale do Café. Já no Rio, a trama atingiu recorde de 32 pontos em 27 de junho, período em que a personagem Lady Margareth (Natália do Vale) derrotou a mocinha Elisabeta (Nathalia Dill), e em 27 de agosto, no dia do casamento do casal protagonista Darcy (Thiago Lacerda) e Elisabeta (Nathalia Dill).

A mocinha Elisabeta terminará feliz ao lado de Darcy e, principalmente, realizada em sua profissão de escritora. Outro fim que destaca a força feminina é o de Ema (Agatha Moreira), como estilista renomada. 

Inspirada na obra da escritora inglesa Jane Austen (1775-1817), o folhetim da Globo debateu os desafios do feminismo em uma sociedade extremamente conservadora do século 20. O autor, Marcos Bernstein, adianta um pouco do último capítulo da novela.

"A partir do nosso tom de amor e de carinho, vamos brincar, nos divertir e surpreender com algumas reviravoltas. Teremos muito amor e poesia. Susana [Alessandra Negrini] e Petúlia [Grace Giannoukas] vão ter desfecho bem divertido, a cara delas. Ernesto vai virar político."

Ele também confirma o final trágico de Josephine (Christine Fernandes) e Lady Margareth, que morrerão. "São duas vilãs bem diferentes. Uma mais sutil, sedutora e cheia de nuances. A outra vem chutando a porta, a vilã mais vilã que poderíamos ter", avalia  Bernstein.

"Dizer simplesmente que elas morrem seria reduzir um pouco o final delas. Acho que temos um desfecho que tem muito a ver com as personalidades delas e com as manipulações que elas fazem", completa o autor.

BEIJO GAY

O romance entre os personagens Luccino (Juliano Laham) e Otávio (Pedro Henrique Müller), foi outro marco de “Orgulho e Paixão”. Ele deu origem ao primeiro beijo gay em uma novela das 18h: foi muito aguardado por alguns e criticado por outros. 

“Foi uma novidade para o horário. As novelas de modo geral não tratam o tema com tanta progressão, e a gente procurou criar aos pouquinhos, até que aquele romance fosse quase inevitável. O saldo é positivíssimo. Mesmo quem não gosta, acho que não sentiu grande incômodo, e talvez muitas pessoas tenham refletido. Temos relatos muito positivos de compreensão, conversa e entendimento que esse casal gerou. Isso dá uma alegria imensa”, afirma Bernstein.

"O Luccino é um presente pra mim. Estou muito feliz de poder contar essa história de amor de uma forma tão pura, genuína e carinhosa. Esse marco (beijo) no romance dos dois personagens foi o melhor que podia ter acontecido pro casal #Lutavio", afirmou Laham, em uma rede social após a cena do beijo.

 

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