Televisão

Sucesso em 'Poliana', Dalton Vigh se diz encantado com carinho das crianças nas ruas

Ator dá vida ao misterioso Dr. Pendleton na novela do SBT

Sr Pendleton, personagem do ator Dalton Vigh
Sr Pendleton, personagem do ator Dalton Vigh - João Raposo/SBT
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Leonardo Volpato
São Paulo

Na pele do misterioso empresário Sr. Pendleton, em “As Aventuras de Poliana” (SBT), o ator Dalton Vigh vive uma nova experiência em sua carreira, até então voltada para o público adulto. O artista conta que tem recebido o carinho da criançada nas ruas, algo inédito em sua trajetória.

“Já deu para perceber que as crianças estão gostando. É divertido. Muitas delas nem sabiam da minha existência. É legal ter pequenos de seis, sete anos pedindo foto.”

Pelo personagem ser misterioso, caladão, o ator acreditava que as crianças fossem temê-lo. “Um dia, me perguntaram se elas tinham medo de mim. Mas até agora, não. O que já aconteceu foi um jovem pedir para o pai vir falar comigo”, ri.

Recentemente, o maior mistério do Sr. Pendleton foi revelado. Na verdade, ele se chama Otto e está por trás de uma das maiores empresas do mundo dos games. Homem rico e solitário, ele tem como melhor amigo um cãozinho e vive em uma mansão.

"Na trama, ele acaba tendo essa imagem de vilão, mas não é. As crianças do bairro até reviram o lixo dele na rua para tentar entender esse cara. Ele tem um jeito que instiga”, analisa Vigh. E a repercussão tem sido melhor do que ele mesmo imaginava. O ator, que já fez muitas novelas na Globo, fala das diferenças entre as duas emissoras.

“Claro que a audiência é proporcionalmente menor, assim como a estrutura física, mas só. Eu já tinha trabalhado no SBT em ‘Pérola Negra’, há 20 anos [1998]. E ainda existe um público que lembra do personagem [o empresário Tomás] nas redes sociais.”

Aos 54 anos, Dalton Vigh poderá ser visto em ao menos mais dois projetos importantes em breve. Um deles será o filme “Kardec”, que ele acaba de gravar e que deve estrear no ano que vem. O longa contará a história de Allan Kardec (1804-1869), francês codificador do espiritismo, e terá Dalton no papel do Sr. Dufaux, homem que acaba se aproximando dele.

Vigh também está confirmado para “A Divisão”, que estreia em breve nos cinemas, sobre a criação da Divisão de Antissequestros do Rio. O filme vai virar série e já tem duas temporadas garantidas no Multishow.

HISTÓRIA ACOMPANHA A EVOLUÇÃO REAL DAS CRIANÇAS

Novela de Iris Abravanel, “As Aventuras de Poliana” ficará por dois anos no ar no SBT. De acordo com especialistas em TV, trata-se de um acerto da emissora, já que o folhetim infantojuvenil tem mantido bons índices de ibope.

“A trama mostra uma Poliana mais madura, com uma idade maior e, com isso, tem acompanhado o crescimento real das crianças que a assistem. Os diálogos da história, os contextos, as situações, tudo o que é passado dialogam fielmente com a menina e o menino que estão em casa”, aponta Claudino Mayer, especialista em TV.

De acordo com ele, a atriz mirim Sophia Valverde, 13, também faz parte desse sucesso no ar. “A artista convence, e isso faz com que aumente o interesse pela trama. Ela também teve um amadurecimento, é como se hoje tivesse mais autonomia. O ibope bom também é graças a ela”, reforça.

O especialista ainda faz elogios a Dalton Vigh, que dá vida ao misterioso Sr. Pendleton na trama. “A junção de pessoas experientes com as mais novas é boa e auxilia na audiência. Enquanto as crianças gostam de ver as outras crianças, os pais que estão com os filhos assistem a atores conhecidos que dão credibilidade ao folhetim.”

Já o pesquisador de TV Dirceu Lemos analisa o sucesso de “Poliana” de outra forma. “O SBT achou um nicho para essa faixa de idade que não existe em nenhuma outra rede de TV aberta. E o canal sabe usufruir disso. Eu sei que a Iris Abravanel participa de tudo, dá opiniões, não é uma autora que só assina”, observa Lemos.

Para ele, porém, por mais que haja ibope, o SBT precisa tomar cuidado na hora de esticar a trama. “Deve haver uma preocupação em não prejudicar a narrativa. O único risco é chegar ao fim sem fôlego e deixar a história mais chata e repetitiva.”

Agora
Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias