Após ter se destacado no filme "Nada a Perder - Contra Tudo. Por Todos", que narra a trajetória do bispo Edir Macedo, fundador e líder da Igreja Universal e proprietário do Grupo Record, a atriz Day Mesquita tem o desafio, como ela mesma descreve, de viver um dos papéis fundamentais da novela "Jesus" da Record: Maria Madalena.

“Além de ser uma personagem conhecida, ela tem múltiplas faces por ser atormentada pelos sete demônios. Isso abre mil possibilidades de interpretação”, conta Day sobre a personagem que entra na trama nesta quinta-feira (30).

Apesar de a novela se basear na Bíblia, Maria Madalena aparecerá repaginada no folhetim, assinado por Paula Richard. A personagem não será uma prostituta, mas, sim, uma mulher forte, dama da sociedade em que estará inserida. E terá uma relação profunda com Jesus: logo se tornará uma de suas mais fiéis seguidoras.

"Durante muito tempo Maria Madalena foi confundida com outras mulheres de passagens bíblicas como a prostituta que unge os pés de Jesus ou a mulher adúltera", justifica a autora da novela, Paula Richard. 

"Retratada como a pecadora arrependida em obras de arte, sua imagem como prostituta entrou no imaginário e se consolidou. A interpretação que algumas ficções fazem de que Jesus teria envolvimento carnal com Maria Madalena, que teria sido casado com ela, é muito frágil e não se sustenta nos relatos bíblicos.”

Na primeira aparição, Madalena é apresentada como uma mulher bela, rica e viúva de um romano, que está em uma caravana a caminho de Jerusalém. Apesar de ter direito à herança do marido, deverá encontrar-se com seu futuro tutor. 

Para Day, o papel está sendo uma grande experiência. “Todas as cenas que eu tenho recebido são grandes momentos e têm me surpreendido”, comenta a atriz paranaense, de 32 anos. “Madalena vai do 8 ao 80. Está sendo bem desafiador. Estou focada cem por cento nisso e quero dar meu melhor neste momento”, diz.

A atriz também esteve nas gravações de uma das cenas essenciais da trama: a crucificação, gravada em Marrocos durante o mês de julho. “Foi uma grande experiência, não só por conhecer um país novo. Pegamos 40 a 50 graus de temperatura, além de ar seco, que é o que os personagens, na época, viviam.”