Novo programa do E! faz pensar sobre o quão longe se pode ir em busca da fama
'O Criador de Celebridades' mostra casos de pessoas que tinham o sonho de ser famosas
O que você faria por 15 minutos de fama? No programa "Criador de Celebridades", que estreia nesta quinta (26) no canal E!, uma personagem recebe a proposta de tatuar Donald Trump nas costas; outra, uma fisiculturista, tem o desafio de entrar para o Guiness Book com o recorde de levantamento de açúcar em um supermercado.
Quem sugere essas estratégias é Cacau Oliver, que criou, no Brasil, o concurso Miss Bumbum. Agora, o assessor tem um programa para chamar de seu. "A ideia é trazer o espectador para dentro [dessa realidade], para ver o que essas pessoas fazem e pensar: 'Será que eu conseguiria fazer isso?', 'Será que eu conseguiria ser famoso?'"
A série, exibida todas as quintas às 20h, é composta por 13 episódios —cada um narra um caso diferente de busca pela fama, entre eles o da banda Broz, que quer voltar para as paradas. O processo começa em uma entrevista com o assessorado, para entender suas ambições e compreender pelo que, exatamente, ele ou ela gostaria de ser conhecido.
"O mais importante para as pessoas que estão assistindo entender é que esses personagens buscam a fama mas existe um lado humano neles, que são sonhos", diz Oliver.
No primeiro episódio, a assessorada é Erika Canela, vencedora do Miss BumBum 2017, que tem o sonho de se tornar uma celebridade carnavalesca. Para que ganhe visibilidade, Cacau Oliver sugere (usando suas palavras), que ela tatue o rosto do presidente dos EUA, Donald Trump, em suas costas.
Para ela, que aceitou fazer a tatuagem, a iniciativa valeu a pena. "Eu fui estampada em todos os jornais do Brasil e do mundo", disse. Questionada sobre a relação de Trump com casos de assédio e estupro, ela afirmou não acreditar nas notícias veiculadas pela mídia. "Ele sempre foi famoso, então porque essas mulheres não se posicionaram antes. A mentira está nelas e não neles", disse.
Segundo Marcello Coltro, o modelo segue uma tendência de outras produções internacionais que se classificam como "social experiment" (experimento social, em tradução livre). Neste tipo de programa, não deve existir um roteiro para que as situações não se tornem falsas ou forçadas.
"O E! não tem a política de vetar a parte criativa do desenvolvimento do produto. Não é porque ela colocou uma tatuagem do Trump nas costas que isso seja a favor ou contra o seu personagem. Como um canal de entretenimento, vamos buscar mostras essas várias faces. É controversial mas em momento nenhum vamos apoiar ou não uma mensagem", disse Coltro.
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