Televisão

Com audiência morna, 'Deus Salve o Rei' passa por mudanças e tenta movimentar história

Para especialista, falta algo no roteiro que prenda a atenção

Casameno de  Rodolfo (Johnny Massaro) e Catarina (Bruna Marquezine) em "Deus Salve o Rei"
Casameno de Rodolfo (Johnny Massaro) e Catarina (Bruna Marquezine) em "Deus Salve o Rei" - Globo
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Descrição de chapéu Agora
Fabiana Schiavon
São Paulo

Com pouca repercussão e audiência morna, a novela das sete, "Deus Salve o Rei" (Globo), está passando por uma reformulação. Personagens devem morrer e outros vão surgir.

Daniel Ad­jafre, que pela primeira vez assina uma novela como autor principal, vem recebendo a ajuda de Ricardo Linhares para dar novos rumos à trama medieval, que tem registrado 25 pontos de média no Ibope (cada ponto equivale a 71.855 residências na Grande SP).

“A audiência está na média, mas poderia estar melhor. Se o investimento foi para uma superprodução, merecia um resultado melhor”, diz Elmo Francfort, diretor do Instituto Memória da Mídia. A situação não é nova.

"Já houve isso antes. O próprio Ricardo Linhares já foi acionado para ajudar no enredo de 'A
Lei do Amor' [2017], por exemplo", lembra Julio Cesar Fernandes, especialista em TV e professor da Faculdade Cásper Líbero. “A novela é uma obra aberta, feita ao mesmo tempo em que é vista pelo pú­blico e isso possibilita ajustes." ​

Algumas dessas mudanças devem começar pelo casal protagonista. "Afonso [Romulo Estrela] é muito baixo-astral, e a Amália [Marina Ruy Barbosa] está muito eufórica. Eles são bons atores, com apelo popular forte, basta essa melhora", afirma Fernandes.

Para Francfort, "Deus Salve o Rei" é uma novela boa. "Só que o roteiro não está chamativo. Sinto falta de algo que prenda, que chame a atenção. O componente cômico é algo que pode salvar a trama, principalmente com o ator Johnny Massaro, o rei Rodolfo."

A parceria de Massaro e Tatá Werneck, que vive Lucrécia, é elogiada, mas se perdeu quando a personagem dela foi enviada a um convento, dizem os especialistas. O crítico de TV do UOL, empresa do Grupo Folha que edita a Folha, Maurício Stycer, afirmou que Rodolfo parece confuso.

"Às vezes, ele entra no modo bobo da corte e legisla sobre vagas para carroças no reino. Às vezes, fala sério e manda o seu Exército matar milhares de adversários", escreveu. Atrapalhou, ainda, a comparação
de "Deus Salve o Rei" com "Game of Thrones"
.

"A série é complexa. Uma novela deve ser simples e melodramática”, diz Fernandes. A emissora não avalia mal a audiência, segundo a assessoria de imprensa. Procurados, autor e atores não responderam aos pedidos de entrevista feitos pela reportagem.

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