Maneva anuncia parceria com Natiruts e celebra influência de Bob Marley
Vocalista Tales de Polli diz ser uma honra gravar com seus ídolos
Vocalista Tales de Polli diz ser uma honra gravar com seus ídolos
O reggae celebra nesta terça-feira (11) sua data mais especial, tanto pelo Dia Nacional do Reggae quanto pelo aniversário de 40 anos da morte do cantor Bob Marley (1945-1981), famoso por popularizar o gênero. E em comemoração, o grupo de reggae Maneva anuncia uma parceria inédita com a banda Natiruts
A faixa escolhida para marcar esse encontro é “Lágrimas de Alegria”, que será lançada dia 20 de maio, às 21h, junto com a quarta e última parte do álbum “Caleidoscópico”, que celebra os 15 anos de Maneva.
Tales de Polli, vocalista do Maneva, disse que a parceria vai atender às expectativas dos fãs. “Acho que conseguimos suprir de uma maneira muito legal”, conta em entrevista pelo telefone ao F5. “É uma grande honra trabalhar com o Natiruts.”
O músico afirma que o grupo sempre teve o Natiruts como uma forte referência em sua trajetória. “São os nossos ídolos. Eles ajudaram muito na formação musical do Maneva, da nossa paixão pelo reggae”, explica. “A galera pode esperar muito reggae!.”
Ele diz que a letra e a melodia do lançamento irão “confortar o coração e a alma” de quem ouvir. Além disso, “Lágrimas de Alegria” contará também com um clipe, que será lançado no dia 26 de maio, às 11h.
“Vamos lançar o clipe e é uma coisa sensacional”, conta o vocalista. A direção do vídeo será de Belinha Lopes, que também esteve na produção do clipe de “Inevitavelmente” (2021). “Ela tem uma fotografia maravilhosa e uma percepção além do que a canção pode passar.”
“É um momento que estamos extasiados de estar vivendo”, completa o músico. As bandas são dois nomes importantes para o reggae nacional. Maneva possui sucessos como “Pisando Descalço” (2009) e “Luz Que Me Traz Paz” (2012), já Natiruts tem em sua trajetória músicas como “Quero Ser Feliz Também” (2005) e “Sorri, Sou Rei” (2009).
Polli, ao lado de Felipe Sousa (guitarra), Fernando Gato (baixo), Diego Andrade (percussão) e Fabinho Araújo (bateria), comemora em 2021 os 15 anos da banda. A parceria com o Natiruts fecha o ciclo de lançamentos do álbum e também celebra a data especial.
“Nós separamos o álbum em quatro partes e fizemos algumas participações fora do seguimento do reggae”, explica o vocalista. A banda trouxe, nos três EPs anteriores, parcerias com os cantores Hariel, Cynthia Luz e Di Ferrero.
“Quem vai fechar essa quarta parte e vai carimbar o álbum ‘Caleidoscópio’ vai ser o Natiruts”, conta. “Acho que vamos fechar com chave de ouro mesmo, a cereja do bolo. Essas paradas que a galera costuma falar”, completa o músico.
“O frio na barriga foi constante”, diz ele sobre o lançamento fracionado do projeto. “Foi bem diferente, já que estamos acostumados a lançar o completo. E foi muito legal porque sinto como uma realização de um ciclo”, conclui.
Para o futuro da banda, o vocalista afirma que este é um ano comemorativo. “Vai ter muita novidade, estamos vendo os formatos que iremos fazer ainda”, explica ele. “Mas com certeza vem música nova por aí”, completa o músico dizendo que provavelmente a banda trará novos projetos no final do ano.
Nesta terça-feira, completam 40 anos desde a morte do músico Bob Marley (1945-1981). “É uma parada tão forte o aniversário de morte do Bob Marley e poder celebrar isso com uma parceria dessas, entre Maneva e Natiruts, é uma coisa fantástica”, afirma Polli.
Cantor, guitarrista e compositor, Bob Marley é o músico de reggae mais conhecido de todos os tempos, e ficou famoso por popularizar o gênero. Ele já vendeu mais de 75 milhões de cópias de seus discos.
Desde 2018, o reggae jamaicano passou a integrar a lista de Patrimônio Imaterial da Humanidade. A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) destacou que o estilo contribui “à reflexão internacional sobre questões como injustiça, resistência, amor e a condição humana”.
Para o músico, o jamaicano é um mestre e “celebrar a memória do Bob Marley é uma coisa fantástica”, completa. “Ele estava sempre envolvido em uma manifestação cultural legítima e sempre falou, não só de amor, mas também foi um cara muito político.”
“Ele enxergava as coisas de um prisma muito diferente, e isso tudo conseguiu nos inspirar, não só pelo estilo musical, mas pela pessoa que ele é”, completa Polli. “A cada tempo vem uma pessoa como ele, que vem celebrar o amor e trazer essa espiritualidade, calma e paz que geralmente no nosso cotidiano está em falta.”
Foi cantando sobre paz e amor que Bob Marley se tornou uma das maiores figuras do ritmo musical e deu importância ao reggae. O intérprete morreu aos 36, após passar quatro anos lutando contra um câncer de pele.
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