Kelly Key anuncia parcerias com Luísa Sonza, Lexa e Pabllo Vittar: 'É importante estarmos unidas'
Cantora diz que recomeçar carreira pode ser mais difícil do que estrear
Cantora diz que recomeçar carreira pode ser mais difícil do que estrear
Após lançar um EP com participação de Preta Gil, Pocah e Cinthia Luz, a cantora Kelly Key, 36, diz já ter parcerias fechadas para 2020. Em março, ela soltará a voz ao lado de Luísa Sonza, Lexa e Pabllo Vittar em um novo projeto. Com Luísa, ela cantará a música “Anjo”. As outras ainda não foram definidas.
“Acho importante para o pop todas essas meninas estarem unidas. E nós todas estamos tentando. É um movimento real, em que um tempo atrás não tinham tantas meninas, e eu sentia falta disso. Acho que todas nós estamos numa força tarefa. Quanto mais mulheres tivermos em todos os segmentos e pudermos enaltecer, melhor para a gente.”
O terceiro EP de Kelly Key chegará às plataformas digitais em meados de 2020, mas ela faz suspense em relação aos convidados. Questionada sobre uma possível participação de Anitta, ela despista e diz apenas que “todas as meninas do movimento pop que considero importante foram convidadas”.
Kelly Key anunciou sua volta à carreira musical após um hiato de quase cinco anos. Seus últimos álbuns foram “Pra Brilhar” (2008) e “No Controle” (2015) —entre um e outro, ela focou no trabalho como apresentadora, repórter e jurada na TV.
No último 14 de novembro, Kelly subiu ao palco da festa “Chá da Alice”, onde apresentou o novo single, “Aumenta o Som”, e deu início a turnê do projeto “Do Jeito Delas”. Ao F5, a loira conta que o show superou suas expectativas.
“Eu sabia que queria estar ali naquele palco e que a galera queria me ver, mas não sabia que era tanto. Estava com aquela sensação de saber exatamente o que estava fazendo, sabe? São 20 anos de carreira, né. Fiquei na expectativa de sentir os mesmos receios e ansiedades, mas não foi dessa maneira. Foi gostoso, leve e divertido.”
A cantora afirmou também que, após terminar a apresentação prevista no roteiro, cantou cerca de dez músicas à capela, puxadas pelo público.
“A gente tinha feito um roteiro passeando por todos os meus álbuns e trazendo coisas novas também, transitando por influências da minha adolescência e da minha fase adulta. Eu não esperava que tivesse esquecido de tantas músicas que as pessoas queriam escutar [risos]. Esse final à capela foi impressionante. Me senti muito tranquila, e era assim que eu queria que fosse. Não ia querer viver de novo uma pressão. Não estou nessa fase.”
Mulher do empresário Mico Freitas, 38, e mãe de Suzanna Freitas, 19, Vitor, 14, e Artur, 2, Kelly Key afirma que trabalhar com música é complicado, e que a falta de rotina foi o que a fez pausar a carreira musical por algum tempo.
“Na música, você tem que divulgar seu trabalho, levar seu show para vários lugares, fazer a coisa rodar. Isso é um pouco confuso para quem prioriza a família, como eu (...) Por esse motivo e pela falta de maturidade inicial eu acho que não estava conseguindo organizar as coisas. A gente vive em um mundo em que todo mundo que está trabalhando tem que ter muita disponibilidade, e eu gosto de ser mãe”, diz a cantora.
Ela frisa ainda que a união de sua família lhe dá segurança para reinvestir na carreira musical: “Tenho que admitir que às vezes bate um desespero e a gente acha que não vai conseguir conciliar tudo. Dá vontade de desistir, porque você não sabe nem por onde começar. Mas conforme as coisas vão acontecendo, tudo entra no lugar”.
O público, segundo a cantora, também entende a conjuntura de sua vida. “Acho que as pessoas me recebem de uma forma mais interessante, muito mais tranquila, mais calma. Eles compreendem o momento que vivo hoje, depois da maternidade tripla, de um casamento, de uma carreira de vinte anos.”
Ícone feminino do pop nos anos 2000, Kelly Key diz ter consciência de que está sendo analisada por muita gente e que recomeçar uma carreira pode ser mais difícil do que estrear no mercado. “Você criou expectativa nas pessoas. Tem muita opinião, porque está todo mundo meio que de olho no que você está fazendo”, afirma.
Mesmo sob os holofotes dos críticos, a cantora não deixa de fazer novas apostas. No clipe de “Aumenta o Som”, sua nova música, ela substitui as coreografias do R&B que fazia no início da carreira por muito rebolado.
“Nesse clipe, temos alguns elementos de dança que são muito usados hoje. Passei por um processo de criação e aprendizado de algumas coisas. As meninas de 20 anos vêm com um quadril que a gente não tem [risos]. Mas não me preocupo, cada estilo é um estilo. Dançar é sempre muito bom”, afirma a cantora, que promete novidades para o Carnaval e shows nas principais capitais do Brasil em 2020.
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