Música

Rouge lança single mais maduro que aborda feminismo

'Dona da Minha Vida', lançada nesta quinta (30), tem letra engajada

Grupo Rouge no clipe de "Dona da Minha Vida"
Grupo Rouge no clipe de "Dona da Minha Vida" - Rodolfo Magalhães
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Beatriz Fialho
São Paulo

O grupo Rouge lançou nesta quinta (30) o single "Dona da Minha Vida", o segundo de 2018. A música, cujo clipe foi gravado no topo de um edifício em São Paulo, aborda diversas questões que tangem o empoderamento feminino.

“Nós pensamos no que gostaríamos de dizer para o nosso público hoje, mostrar quem somos. Foram 16 anos desde que começamos, nós amadurecemos e sentimos a necessidade de mostrar isso no nosso discurso, na nossa imagem, na nossa postura e na nossa música”, disse Li Martins, 34 anos.

Depois de 11 anos separadas, Aline Wirley, Fantine Thó, Karin Hils, Li Martins e Lu Andrade se reuniram no final de 2017 para uma série de shows nostálgicos, o “Chá da Rouge”. Mas a intenção era ir além do repertório já conhecido do público e lançar novas músicas, clipes e coreografias —marca registrada do quinteto que dá voz ao hit “Ragatanga”.

O ano de 2018 começou com o lançamento do primeiro single, “Bailando”, que chegou ao topo das plataformas de streaming em poucas horas. O vídeo de "Dona da Minha Vida" segue a mesma linha de sucesso: um dia após a publicação está em 1º lugar nos destaques nacionais do YouTube. 

Para Lu Andrade, 39 anos, a música é diferente dos trabalhos anteriores do grupo e serviu para colocar para fora alguns demônios e traumas para “renascerem como mulheres mais fortes”.

O vídeo também tem uma estética mais roqueira. “A pegada é muito diferente, é um som mais maduro, autoral, mais forte e o clipe acabou ficando bem conceitual”, acrescenta Lu Andrade, concluindo que a música é reflexo do atual momento do grupo

Segundo o grupo, o clipe tem a proposta de ser uma homenagem aos homens e mulheres fora dos padrões estéticos impostos socialmente, que já sofreram algum tipo de violência —psicológica ou física. Segundo elas, o feminismo atual fortalece a banda.

Para elas, é parte do papel de artista questionar padrões e incentivar um mundo mais igualitário, algo em que não pensavam com tanto afinco há 15 anos. “Existe uma diferença porque antes não tínhamos tanta noção da responsabilidade que carregamos”, disse Li Martins.

Por falar em padrões, elas também têm questionado o conceito de “diva”, por serem inspirações para outras mulheres. Mais velhas, elas dizem se sentir mais seguras para quebrarem tabus. “Ser referência para alguém, é algo muito sério porque não somos perfeitas. Somos seres humanos e às vezes erramos também, é bom que os fãs vejam isso, que se identifiquem e sintam-se no direito de errar também, de recomeçar, tentar de novo”, completa ela.

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