Após 'Despacito', Fonsi defende cultura latina e sonha em gravar com Ivete Sangalo
O cantor porto-riquenho lança novo disco até o fim deste ano
O cantor porto-riquenho Luis Fonsi já tinha 20 anos de carreira quando o sucesso "Despacito" o colocou no topo do mundo. Com a missão de agradar a seus antigos fãs e, ao mesmo tempo, manter-se global, o artista prepara agora um disco que mistura faixas dançantes e românticas.
Sobre o Brasil, Fonsi diz que espera voltar em breve para ao país e sonha em gravar com Ivete Sangalo e Anitta. "Quando estive no Brasil, na minha primeira turnê, eu tive a honra de cantar com Ivete ao vivo", lembra o cantor, que convidou a artista a participar de seu show em maio deste ano, no Espaço das Américas.
"Ela cantou uma música minha, e eu, uma dela. Outra pessoa com quem eu adoraria gravar uma música é Anitta. E há muito mais que podemos fazer juntos. O Brasil tem tantos talentos e a nossas culturas são tão similares!"
Fonsi acredita que sua rotina não mudou muito após o sucesso de "Despacito". "O que posso dizer é que estou muito mais ocupado do que antes e hoje posso dividir a minha música com mais gente. Faço isso há 20 anos. Antes de ‘Despacito’, a minha carreira era conhecida apenas nos países latinos e na Espanha. Agora, a minha música é ouvida por toda a Europa e em países da Ásia. Conquistei um novo público. Minha turnê passou por Marrocos e pela Romênia, estou visitando tantos lugares lindos", celebra o artista que se mantém produtivo, mesmo em viagens.
"Sempre fui um 'workaholic', estou sempre escrevendo músicas. Sou o mesmo artista de sempre, só que mais grato por poder dividir a minha música com mais gente", diz Fonsi.
Para se manter internacional, uma das estratégias de Fonsi é selar parcerias. Depois de gravar com a americana Demi Lovato, em espanhol, a faixa “Échame la Culpa”, o artista chamou a cantora inglesa Stefflon Don para a dançante “Calypso”, também em espanhol.
"Minha missão é celebrar a minha cultura e a minha língua. Eu gravaria em inglês, claro, mas jamais vou abandonar quem sou, o fato de que sou latino. Quero juntar forças com outras culturas, celebrar outras culturas também, e essa é a parte mais legal porque, com isso, estou conseguindo viajar por todo o mundo”, diz Fonsi.
“Por todos os países que passo, eu quero saber mais sobre a cultura local e, principalmente, sobre a música que eles fazem, o que eles comem, o que bebem. Podemos nos unir”, afirma o artista. Quem sabe, gravar em ‘portunhol’, ou seja, metade português e metade espanhol.”
Para a música “Calypso”, ele escolheu Stefflon por sua diversidade cultural. “Ela é uma cantora nascida e criada em Londres, mas a família dela é jamaicana, então misturamos ritmos caribenhos, o funky urban com o pop e o rap”, afirma Fonsi.
DISCO NOVO
Antes do sucesso mundial de “Despacito”, o cantor porto-riquenho Luis Fonsi já havia gravado oito álbuns, além de lançar compilações e versões ao vivo. O artista adianta que já está praticamente pronto o seu nono álbum que, pela primeira vez, mostrará a faceta dançante que levou Fonsi a conquistar o mundo.
“O mercado hoje pede mais singles [música lançada individualmente], mas eu sou um pouco tradicional em relação a isso. É legal ter um álbum para que seus fãs possam ouvir as músicas mais agitadas e as baladas, porque eu tenho um lado romântico e também o dançante”, lembra.
Entre os fãs latinos, o artista ficou conhecido por músicas românticas, como “Que Quieres de Mi” e “Tu Amor”, e é cobrado pelos fãs a investir novamente nas faixas de amor. Com “Despacito”, Fonsi chegou ao primeiro lugar na lista da revista “Billboard” americana. Fazia 20 anos que uma música em espanhol não atingia o topo desse ranking.
O artista planeja se manter nas paradas. "Esse disco será importante porque as pessoas terão a chance de conhecer um outro lado meu, o romântico. O álbum está quase pronto e, quando for lançado, o público que não me conhecia antes vai descobrir dois personagens."
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